A minha primeira paixão (Platão)

Essa não é bem uma história, pois ela nem mesmo chegou a acontecer, pelo menos não como eu queria. Aproximadamente em 2009 eu vi um garoto voltando andando de seu colégio, ela era muito bonito, e eu na época era um menino tímido e muito quieto então não sabia como falar com ele, mas diariamente ia vê-lo secretamente voltando do colégio.
Bom o tempo foi passando, e por coincidência um dia meu primo apresentou ele pra mim (um primo muito distante, que era filho do dono de um estabelecimento que ambos frequentávamos), e foi isso, passamos a fazer muitas coisas juntos, a brincar, a rir, e nos tornamos muito amigos, eu arriscaria dizer melhores amigos, no entanto alguns anos depois eu percebi que tinha me apaixonado, o que não foi nada legal, pois além de muito amigos, ele era hetero
Bom, não é uma história com final feliz…
Cada vez mais eu ia me apaixonando, achava que tudo que ele fazia eram sinais de que ele gostava de mim, minha mãe dizia que ele era apaixonado por mim, meus amigos, e o fato dele estar presente no momento mais difícil da minha vida em que ele não me deixava só contribuíram pra que eu acreditasse em uma grande mentira por muitos anos. Passamos por muitas coisas juntos, coisas felizes, coisas tristes, brigas, ciúmes, entre várias outras coisas. Eu tive relacionamentos, ele também, e meio que eu morria por dentro dia pós dia levando isso comigo, até que um dia eu contei pra ele e a reação dele foi muito legal, ele entendeu e levou meu sentimento a sério (claro sem ultrapassar as linhas dele, nunca tivemos nada).
Infelizmente a nossa amizade começou a ficar uma grande porcaria, porque eu percebi que eu não tinha por ele a amizade que eu achava que tinha, ele não era o modelo de amigo apesar das coisas boas que passamos juntos, essas coisas só existiam na minha cabeça foram invenções felizes de algumas coisas que realmente existiram, mas que existiram de uma forma menos mágica, era como se ele falasse “Oi” e eu imaginasse o mundo de uma forma totalmente diferente. Deixamos de ser amigos, mas carrego no peito como uma cicatriz a minha primeira, frustrada e inexistente paixão.