A paixão salvadora

Tem uma frase do Vinícius de Moraes que diz: “Amai, porque nada melhor para a saúde que um amor correspondido.” O sentimento que M. sente por J. é algo que ela nunca havia sentido antes por alguém.

M. tem 23 anos, todos dedicados aos estudos, ao hobby de escrever poesias e, especialmente, à família. Nunca experimentou as paixões despertadas na adolescência e possui dificuldades de se comunicar com o mundo exterior. Quando o ano de 2017 chegou, ela não imaginava que seria de mudanças: após uma traição cometido pelo pai, a mãe arranjando alguns namorados e o irmão cada vez mais rebelde e distante da família. Com isso, M. entrou em depressão e com pensamentos de que possa ter vivido uma vida de muitas mentiras e desilusões.

Certo dia, M.estava indo para a faculdade quando resolveu “cortar o mal pela raiz”. No ônibus urbano, ela estava à caminho de uma ponte. De repente, senta-se ao lado dela um jovem com um livro na mão. Ele viu M. melancólica olhando na janela, e perguntou se estava tudo bem. M. disse que estava indo resolver a sua vida definitivamente. O jovem moço chamado J. tirou da mochila um lenço e deu para M. Ela agradeceu e ficou paralisada, olhando para ele.

Por um instante, ela via e sentia o paraíso dentro daquele ônibus. Esse jovem moço se apresentou e começou a falar coisas bonitas para M. Após todos esses problemas, era a primeira vez que M. se sentia bem consigo mesma.

O ônibus chegou ao destino final. Eles perderam seus pontos de parada. M. disse que estava indo para uma ponte, enquanto J. estava indo para uma biblioteca. Os dois conversavam sobre um livro chamado Me Chame Pelo Seu Nome, sobre um romance de verão. M. afirmou que a história fez com que ela tivesse sentimentos que nunca sentiu antes e J. disse que sentia o mesmo.

M. confessa para J. que estava indo acabar com alguns sentimentos na ponte, no que J. disse logo de cara: – “Se quiser, eu posso te ajudar com isso, nunca é tarde demais para a bondade e o amor.”

Após aquele papo todo dentro daquele ônibus urbano, M. e J. nunca mais saíram um de perto do outro. De qualquer maneira, a paixão que os uniu também os salvou.