Minha primeira paixão verdadeira aconteceu logo no meu último ano escolar, porém essa paixão não foi alguém da minha turma, não. Nem da escola. Essa minha paixão foi virtual, mas nem por isso acabou sendo menos real, já que eu senti um dos maiores prazeres pro corpo humano: o coração acelerando quando o sentimento que você sente pelo outro é recíproco. E foi recíproco mesmo. Conheci essa paixão num grupo de WhatsApp, onde o foco do grupo eram comentários sobre novelas. Nossa afinidade já começou por aí… no gosto pelas histórias de amor contadas na televisão. Certa vez no mesmo grupo, eu o defendi em uma briga que nem eu mesmo estava entendendo bem. Mas ele gostou daquele ato, e aí me chamou para conversar privadamente. E foi aí que nossa relação começou, inclusive com trocas de carinhos mútuas em poucos dias de conversa. Morávamos longe um do outro. Eu no nordeste, e ele no sul. Mas nós éramos tão próximos, tão íntimos, que até parecia que éramos dois vizinhos apaixonados. E foi lindo enquanto durou, enquanto aquele carinho fez bem para ambos. Mas acabou, e mesmo com o término da relação virtual, o meu coração ainda sente algo por ele, que me decepcionou meses atrás quando disse estar noivo. De uma mulher. Não mais chorei por ele, não mais o chamei para conversar, inclusive o apaguei do meu mundo virtual. Pena que o coração não faz parte deste mundo cibernético. O meu coração ainda clama pelo amor dele, ainda insiste em deixá-lo vivo dentro mim.