Nesse momento eu to ouvindo mystery of love e só talvez, eu esteja quase chorando. Sinceramente, eu não tenho uma grande história de amor (e as vezes, penso que nem mesmo tenho uma pequena).

Quando eu me dei conta do que estava acontecendo, quando eu percebi o que aquelas revira-voltas na minha barriga realmente eram, admito, eu fiquei apavorada (eu queria muito que fossem apenas dores de barriga, se você quer saber).
Assim como Elio, eu tive um pequeno “romance de verão” (considerando o fato de que, bem, eu era uma menina que tinha começado a se interessar por meninos a pouco tempo), e mesmo que agora, tudo pareça um borrão, eu sei o quanto estava apaixonada por tudo, inclusive pelo sentimento.
E mesmo que pareça bobo que, uma criança que começou a descobrir o mundo naquele momento, já gostasse tanto assim de um garoto com quem passou boa parte da infância.
Como eu disse, tudo parece um borrão agora, mas foi tão importante, tão genuíno, tão puro, tão simples. E foi em meio a essa simplicidade, que uma criança soube o que era estar apaixonada.