testeSorteio Twitter – Livros com capa azul [Encerrado]

Partiu deixar sua estante mais azul? Então se liga no sorteio da semana!

Serão 3 vencedores que poderão escolher 1 livro.

Para participar do sorteio você precisa seguir o nosso perfil (@intrinseca), retweetar o post do sorteio PUBLICAMENTE no seu Twitter e preencher o formulário abaixo!

ATENÇÃO:

– Caso a mesma pessoa se inscreva mais de uma vez ela será desclassificada.

– Você pode se inscrever no sorteio do Instagram e Facebook também, é só seguir as regras.

–  Ao terminar de preencher o formulário aparece a mensagem “Seu formulário foi enviado com sucesso”. Espere a página carregar até o final para confirmar a inscrição.

– Se você já ganhou um sorteio nos últimos 7 dias no Twitter, você não poderá participar deste sorteio.

– O resultado será anunciado no dia 23 de maio, segunda-feira, em nosso perfil no Twitter. Boa sorte!

 

 

testeSorteio Facebook – Livros com capa azul [Encerrado]

Partiu deixar sua estante mais azul? Então se liga no sorteio da semana!

Serão 3 vencedores que poderão escolher 1 livro da seleção. 

Para participar, é só preencher o formulário abaixo!

ATENÇÃO:

– Caso a mesma pessoa se inscreva mais de uma vez ela será desclassificada.

– Você pode se inscrever no sorteio do Instagram e Twitter também, é só seguir as regras.

–  Ao terminar de preencher o formulário aparece a mensagem “Seu formulário foi enviado com sucesso”. Espere a página carregar até o final para confirmar a inscrição.

– Se você já ganhou um sorteio nos últimos 7 dias no Facebook, você não poderá participar deste sorteio.

– O resultado será anunciado no dia 23 de maio,  segunda-feira, em nosso perfil no Facebook. Boa sorte!

testeCapital de risco, Vale do silício e finanças: A lei de potência chega às livrarias em junho

“A melhor maneira de gerenciar o risco era abraçá-lo sem medo.” 

 

É parte da natureza do jogo do capital de risco que a maioria das tentativas falhem. No entanto, os investimentos bem-sucedidos se destacam de tal forma que compensam os fracassos. Esse é o princípio da lei de potência, que rege o funcionamento deste campo.

Quando apostam em carros voadores ou turismo espacial, os investidores de risco estão seguindo essa lógica, também conhecida como regra dos 80/20. O trabalho deles é justamente olhar além do horizonte, buscando possibilidades que a maioria das pessoas considera inalcançáveis. Mas como tomar essas decisões tão subjetivas? O que está em jogo? 

Em A lei de potência, o jornalista Sebastian Mallaby faz um mergulho profundo na indústria do capital de risco para esclarecer o papel que a aleatoriedade exerce nas escolhas dos investidores. Inserindo-se nos bastidores desse mundo, o autor revela a história por trás de grandes triunfos — e fracassos — do Vale do Silício. 

O livro é um potente trabalho jornalístico e histórico sobre o surgimento e o desenvolvimento do investimento de risco. Seu foco não está apenas nas empresas de tecnologia que despontaram na Costa Oeste, mas em quem foram os investidores que mais se destacaram, com seu pioneirismo, em cada década — e por quê. 

A lei de potência chega nas livrarias em 29/06 e a pré-venda já está disponível! 

 

teste5 casos de famílias perfeitas que não acabaram bem

Todas as famílias têm segredos, mas às vezes eles podem ser mortais

Misteriosos, polêmicos e possíveis destruidores de lares, os segredos estão presentes em todos os lugares. Em algum momento da vida, todos escondem algo de alguém. Geralmente, esses segredos são inofensivos e não causam estragos, mas, às vezes, podem ser assustadores e mortais. 

Fizemos uma lista de casos reais em que os segredos, além de terríveis, destruíram famílias inteiras. 

1. A menina que matou os pais

No dia 31 de outubro de 2002, Manfred e Marísia von Richthofen foram brutalmente assassinados dentro da própria casa. No início, a polícia considerou que o casal teria sido vítima de latrocínio (roubo seguido de morte), mas logo perceberam que a mansão não tinha sinais de arrombamento e que os assassinos deveriam ser pessoas próximas. Durante os interrogatórios, Cristian Cravinhos, cunhado da filha do casal, teria soltado uma frase comprometedora, que levou a polícia à chocante resolução do crime: Suzane von Richthofen mandou matar seus próprios pais, e quem aplicou os golpes fatais foram seu namorado, Daniel, e o irmão dele, Cristian. Suzane e Daniel foram condenados a 39 anos de prisão, e Cristian, a 38 anos. Para saber mais sobre o caso, você encontra dois filmes no Amazon Prime Video, A menina que matou os pais e O menino que matou meus pais, que recriam o assassinato de acordo com a versão dos culpados. 

2. Família Watts 

Os Watts eram considerados por todos a família perfeita e pareciam viver um conto de fadas, pelo menos até o dia 13 de agosto de 2018. A mãe e esposa, Shanann Watts, que estava na terceira gravidez, e suas duas filhas pequenas desapareceram na cidade onde moravam. O desaparecimento foi comunicado às autoridades por Chris, pai e marido, que deu entrevistas à televisão implorando para que fossem encontradas. Ele sempre colaborou com a polícia, até que, ao ser reprovado em um teste do polígrafo, assumiu ter matado a esposa por ela supostamente ter tentado estrangular as filhas após Chris pedir o divórcio. Durante a investigação, foi descoberto que, na verdade, foi ele o responsável pelas mortes. Chris Watts foi condenado à prisão perpétua. No documentário Cenas de um Homicídio: Uma Família Vizinha, disponível na Netflix, você pode se aprofundar no caso. 

3. A casa do terror da família Dupont 

Os Dupont eram uma família de classe média alta admirada por amigos e parentes. Em 2002, a situação financeira da família fez com que o patriarca, Xavier, decretasse falência e, posteriormente, pedisse um empréstimo de 50 mil euros. Passados alguns anos, o pai de Xavier faleceu, e a única herança que deixou foi um rifle. No mês seguinte, foram encontradas compras suspeitas no nome de Xavier, como um silenciador, material de limpeza, munição, uma pá, um carrinho, sacos de lixo, cimento e cal. Pouco depois, o assassinato de uma mulher e de seus quatro filhos paralisou a França. O suspeito do crime era Xavier Dupont de Ligonnès, marido da vítima e pai dos quatro jovens, que foram encontrados enterrados no jardim da casa onde moravam. Apesar dos esforços, ele nunca foi localizado.

 

4. O mistério das mortes de Burari 

No dia 1º de julho de 2018, o bairro de Burari, na Índia, amanheceu aparentemente normal. As pessoas foram às ruas e as lojas abriram, exceto uma. Naquele dia, dez pessoas foram encontradas enforcadas na sala de estar da família Bhatia, proprietária da loja. Os corpos eram das quatro gerações da família, e, em um cômodo adjacente, a matriarca foi encontrada morta com sinais de estrangulamento. Segundo vizinhos, os Bhatia eram uma família feliz. Até hoje não se sabe o que aconteceu, mas existem várias teorias. Uma delas é que as mortes teriam acontecido por causa de um ritual místico — na época, os policiais encontraram notas escritas à mão com a frase “práticas espirituais e místicas”, que parecem se relacionar com as mortes. Na Netflix, há um documentário sobre o caso: O Mistério das Mortes de Burari

5. Quando a ficção imita a vida real

Herdeiros de uma grande fortuna, os Lamb costumavam exibir sua riqueza com festas luxuosas, roupas caras e objetos exóticos. Até que diversos estranhos se mudam para a sua casa e transformam a vida da família num grande pesadelo, que só termina com um suícidio triplo. Quando a polícia chega à mansão, o único sobrevivente é um bebê, que é encontrado alimentado e saudável vários dias depois. Ao completar 25 anos, o bebê recebe um grande presente: fica sabendo a identidade de seus pais e que é herdeira de uma mansão em um dos bairros mais chiques de Londres. A notícia parece a solução de todos os problemas da jovem, mas ela não desconfia que outras pessoas também estavam aguardando esse dia e que o seu destino está prestes a colidir com o delas.

Para descobrir o final dessa história, você vai precisar ler A família perfeita.

testeModus Operandi, o guia para quem é apaixonado por true crime

Modus Operandi, o podcast sobre crimes mais ouvido do Brasil, vai virar livro!

Carol Moreira e Mabê Bonafé comandam o podcast de true crime mais famoso do país e, agora, compartilham todos os seus conhecimentos sobre crimes e investigação em um guia completo e exclusivo!

Fugindo dos clichês de livros sobre serial killers, Modus Operandi: Guia de true crime explora cada uma das peças que formam o quebra-cabeça de um caso: desde o delito até a investigação, o julgamento, a análise de perfil dos criminosos e tudo o que acontece depois que eles são presos. 

E, pra quem adora revisitar as histórias dos crimes mais famosos, não se preocupe: a obra é recheada com os casos mais bizarros e inesquecíveis. Serial killers históricos, que foram referência para filmes e séries, além dos casos nacionais mais repercutidos, servem de exemplo para explicar as expressões que ouvimos com frequência — como ocultação de cadáver e homicídio triplamente qualificado —, mas que nem sempre sabemos o que realmente significam. 

Pedida obrigatória para quem quer mergulhar ainda mais no universo de crimes reais, Modus Operandi: Guia de true crime chega dia 21 de junho às livrarias, mas você já pode garantir o seu exemplar em pré-venda!

teste4 autoras latino-americanas que você precisa conhecer

Precisando de indicações literárias?

Com temas que vão desde o apagamento feminino até os horrores sobrenaturais presentes na vida urbana, muitas autoras latino-americanas têm se destacado nos últimos anos com histórias potentes e inesquecíveis. Selecionamos quatro escritoras de três países diferentes que você precisa conhecer:

 

Pilar Quintana

De origem colombiana, Pilar Quintana é autora de cinco romances e um livro de contos, entre eles A cachorra e Os abismos, obra vencedora do prêmio Alfaguara 2021. Seus livros abordam questões como maternidade, apagamento feminino e machismo.

 

Isabel Allende

Uma das autoras mais lidas no mundo, a peruana Isabel Allende estreou na literatura com o best-seller A casa dos espíritos. Em suas obras, a ditadura militar é um tema recorrente, e ela mescla informações de sua biografia e fatos históricos com ficção.

 

Mariana Enriquez

Com histórias que mesclam o sobrenatural, a violência urbana e os horrores da ditadura, a argentina Mariana Enriquez é apontada como uma das vozes mais brilhantes da literatura contemporânea da América Latina. Nossa parte de noite, seu mais recente romance, foi vencedor do Herralde de Novela de 2019, uma das mais importantes premiações da literatura em língua espanhola.

 

Samanta Schweblin

Considerada a herdeira literária de mestres do realismo fantástico como Adolfo Bioy e Julio Cortázar, a argentina Samanta Schweblin é constantemente elogiada por seu estilo de narrativa. Transitando de forma fluida entre o cotidiano e o fantástico, suas histórias debatem temas como relações familiares e solidão.

testeOuça a playlist de Manual de assassinato para boas garotas

Cadê os fãs de séries de true crime e livros de mistério? Manual de assassinato para boas garotas já conquistou milhares de leitores pelo mundo, inclusive aqui no Brasil!

Nessa história eletrizante de Holly Jackson, Pip é uma aluna do  ensino médio que está convencida de que Sal não foi o verdadeiro responsável pela morte da namorada, Andie. Para comprovar sua teoria, ela se envolve em uma investigação que pode colocar a própria vida em risco.

Que tal uma playlist repleta de músicas que combinam com esse universo cheio de reviravoltas? Ouça agora:

testeThe No-Show, novo livro da Beth O’Leary, será lançado pela Intrínseca

 

O pedido de vocês foi realizado: Beth O’Leary está de volta com mais uma comédia romântica divertida e emocionante. 

The No-Show, ainda sem título em português, conta a história de Miranda, Siobhan e Jane, três mulheres incríveis que não se conhecem, mas têm uma coisa em comum: levaram um bolo de Joseph Carter no dia mais romântico do ano, o Dia dos Namorados.

Colocando em prática o mito do “Oi, sumido”, essas três mulheres não conseguem esquecer Joseph e seguir suas vidas. O que será que esse homem tem que o trio não consegue esquecê-lo?

Com jornadas muito diferentes de amor, perda e autoaceitação, The No-Show chega ao Brasil em 2023 e já estamos contando os dias para compartilhar essa história incrível com vocês <3.

Betinha (para os íntimos) já conquistou nosso coração com suas narrativas divertidas e que tratam de temas importantes com muita sensibilidade. Teto para dois, A troca e seu último lançamento no Brasil, Na estrada com o ex, estão entre os favoritos dos fãs de romance, e agora estamos prontos para embarcar em mais uma de suas histórias.

testeFamílias entrando na luta contra a LGBTfobia

Por Amara Moira*

 

Em 2014, comecei a minha transição de gênero. Também foi o ano em que conheci um grupo que tem transformado radicalmente os sentidos de “familia” para pessoas LGBTQIA+ no Brasil, o Mães Pela Diversidade. Quem me apresentou essa organização foi sua fundadora, Maju Giorgi, e ela o fez contando os percalços enfrentados pelo coletivo desde o começo, e do quanto pode ser árduo convencer mães de pessoas LGBTQIA+ a lutarem contra a homo/transfobia que vitima seus filhos e filhas. Nas primeiras ações públicas do coletivo, feitas na Avenida Paulista, Maju chegou a pagar para passantes aleatórias posarem segurando cartazes contra a LGBTfobia, tudo para não parecer que o “Mães” do coletivo era somente ela.

Funcionou. No período em que a conheci, filiais do coletivo já começavam a se multiplicar Brasil afora , cada vez mais eficientes em trazer mães (e pais, ainda que de forma mais tímida) para a luta por uma sociedade livre de preconceitos por orientação sexual e identidade de gênero. Desde então, famílias começaram a engrossar nosso lado na batalha e é maravilhoso ver os relatos de aceitação e apoio se avolumando na comunidade. O desprezo, a violência e mesmo a expulsão de casa, embora ainda sejam atitudes esperadas por quem quer que se assuma ou seja tirado do armário, pouco a pouco são substituídos pela existência de famílias que se tornam um espaço que podemos chamar de nosso, um espaço de proteção para pessoas LGBTQIA+.

Encontrando apoio dentro de casa, podendo conversar de forma mais aberta com familiares sobre as angústias e as delícias de se descobrir habitante do Vale, fica bem mais fácil enfrentar os não poucos desafios que teremos pela frente só por não nos enquadrarmos nos padrões de sexualidade e gênero hegemônicos. Esses desafios, mesmo com apoio familiar, já são enormes, mas podem ser ainda mais avassaladores caso a família se torne uma instância a mais de violência contra nós.

A aceitação que tive por parte da minha família foi sempre parcial. Não me expulsaram de casa, tampouco me agrediram ao descobrirem, por volta de meus 19 anos, que eu era bissexual ou, dez anos depois, que estava começando minha transição de gênero. No entanto, nunca pude contar com pai, mãe, irmã(o)s ou qualquer familiar para conversar sobre meus sentimentos, sobre autoaceitação ou mesmo sobre como me proteger da LGBTfobia que começava a se desenhar em minha vida.

Cresci com a consciência de que precisaria aprender sozinha a lidar com essas questões, o que me levou a experiências que, embora eu hoje não rechace de todo, pois fazem parte de minha história e de quem sou, puseram continuamente minha existência em risco. Desde a adolescência, eu já tinha a nítida percepção de que minha atração não ia em uma só direção, mas também sabia que apenas uma parte desse desejo podia ser vivido abertamente. A outra parte, o desejo por homens, só seria possível de forma clandestina, com estranhos conhecidos em páginas de bate-papo ou em banheiros públicos.

Não existia uma única pessoa com quem eu pudesse conversar a respeito do que sentia, então o que me restava era reprimir esse desejo ao máximo e, quando não aguentasse mais, buscar algum alívio passageiro nesses espaços precários. Ter amigos do meio não era uma opção, uma vez que isso me denunciaria, mas, puxando pela memória, também não consigo me lembrar de uma única pessoa, nas tantas escolas em que estudei ou nos espaços que frequentei, que fosse abertamente LGBTQIA+.

Como aprender a se aceitar, a gostar de si, quando tudo ao redor repete insistentemente que sua mera existência é vergonhosa, doentia, pecaminosa? Como não se considerar um fracasso, um erro, uma ameaça, quando essa é a única maneira com que pessoas LGBTQIA+ são retratadas? O que aconteceu foi que internalizei sentimentos autodepreciativos, aprendendo a buscar nessas experiências precárias tanto o prazer que eu não conseguia evitar desejar, quanto a punição por não conseguir deixar de ser quem eu sou.

Dos 17 aos 20 e poucos anos, passei a realizar exames de sangue semestrais, a cada vez crente de ter finalmente contraído HIV ou alguma IST, algo que temia mais do que tudo, mas que, no fundo, julgava merecer. Nunca aconteceu, mas essa certamente não é a história de outros jovens e adolescentes. Quem dera se, para proteger jovens LGBTQIA+, bastasse apenas fazer mais campanhas estimulando o uso de preservativos. Há muito mais coisas em jogo nessa luta, como poder sentir orgulho de quem somos ou andar de mãos dadas com a pessoa por quem nos apaixonamos. E, para isso, o apoio da família é vital .

Contudo, não culpo meu pai e minha mãe. Eles fizeram o que estava ao alcance deles. Se na época não conseguiram me dar o apoio de que eu necessitava, hoje ao menos estão abertos a aprender, a fim de exercer melhor o papel que o destino lhes deu. Antes tarde do que nunca! E ainda servem de exemplo para outras famílias, dividindo comigo a responsabilidade de lutar por um mundo livre de LGBTfobia. E que mundo seria esse? Um mundo em que nossas famílias não desejem se livrar de nós, e onde nós também possamos constituir famílias.

No caso de Shuggie Bain, o protagonista do romance de Douglas Stuart, a questão é ainda mais complexa, pois não é apenas uma questão de discriminação que ele terá pela frente. O abandono do pai, a dependência química da mãe e a solidão em que vive, todo esse combo de vulnerabilidades fará com que ele tenha muitas dificuldades para enfrentar o bullying que recebe de todos os lados, para entender quem ele é e poder se sentir confortável com isso.

Esse bullying que sofre por ter um comportamento entendido como feminino, aliás, impactará a própria autodescoberta, levando-o a tentar desesperadamente se encaixar nos padrões esperados para seu gênero. Como querer se conhecer, se descobrir, quando todos ao redor afirmam que você é uma vergonha? Como enfrentar essa covardia com que a sociedade nos trata, com que a sociedade trata suas crianças? A mãe até queria protegê-lo, mas, no caso, ela precisa de ajuda tanto quanto ele, talvez até mais.

Não nos enganemos: essa não é apenas a história de Shuggie Bain. Essa é a história de como uma sociedade inteira foi educada a se comportar diante de existências fora dos padrões hegemônicos de gênero e sexualidade. A violência que sofremos foi aprendida, ensinada e, portanto, urge pensarmos em formas de desaprendê-la e de desensiná-la . Não há como chegar a essa outra realidade sem, antes, criarmos outros modelos de família, modelos em que pessoas LGBTQIA+ caibam.

Hoje estamos inventando o direito de sentir orgulho de nossa existência, orgulho de tudo que vivemos até aqui. No entanto, é preciso que a fase do orgulho seja temporária, é preciso que chegue um momento em que não tenhamos mais que estar na defensiva, sempre prontos e prontas para quaisquer ataques que venhamos a sofrer. Um momento em que possamos somente existir, com leveza, sem precisarmos de heroísmo ou força descomunal.

Vai chegar esse dia, ô se vai, e, quando chegar, saberemos da importância que tivemos para ele poder existir. Eis algo que não podemos esquecer nunca, algo para nos dizermos nos momentos de maior desespero, quando não conseguirmos ver nenhum tipo de saída, de desafogo: nós somos a sementinha desse novo mundo.

 

*Amara Moira é travesti, feminista, doutora em teoria e crítica literária pela Unicamp e autora dos livros E se eu fosse puta (hoo editora, 2016) e Neca + 20 poemetos travessos (O Sexo da Palavra, 2021). Além disso, ela é colunista do BuzzFeed e professora de literatura do cursinho pré-vestibular Descomplica.

testeSaiba tudo sobre o novo livro da autora de A última festa e A lista de convidados

A autora de suspense mais querida do momento está de volta! O apartamento de Paris, novo livro de Lucy Foley, chega às livrarias brasileiras no dia 27 de junho com a enigmática história de uma jovem que vai até a França em busca de um recomeço, mas que acaba cercada por um grande mistério.

Ambientada em um luxuoso edifício em Paris, a obra acompanha os esforços de Jess para descobrir o paradeiro do irmão, que desapareceu sem explicação. Enquanto tenta seguir os rastros dele e resolver o caso, ela percebe que o prédio está repleto de pessoas que parecem ter muito a esconder.

Com reviravoltas de tirar o fôlego, personagens nada confiáveis e o estilo marcante de Lucy Foley, O apartamento de Paris promete testar as nossas habilidades investigativas e nos fazer desconfiar até dos suspeitos mais improváveis.

Garanta já em pré-venda.

Conhecida pelos best-sellers A última festa e A lista de convidados, Lucy Foley já vendeu mais de 100 mil exemplares no Brasil e é um fenômeno do TikTok. Inspirada nas obras de Agatha Christie, ela envolve os leitores em tramas complexas, com protagonistas bem construídos e enredos que nos deixam hipnotizados até a última página.