Amazônia na encruzilhada

O poder da destruição e o tempo das possibilidades

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Maior floresta tropical do mundo, maior reservatório de água doce, maior patrimônio de biodiversidade do planeta, o mais complexo dos ecossistemas da Terra — um bioma que é, em si, uma coleção de biomas —, a Amazônia submete quem a estuda a uma posição de humildade. Sua existência é a garantia de que chova em outras partes do Brasil e de que o próprio planeta seja habitável. O passado dos povos indígenas tem sido repensado nos últimos anos, e é mais antigo e interessante do que se sabia até então.

Como repórter e comentarista da área econômica, Míriam Leitão viu nos últimos anos a questão ambiental e climática invadir a lógica econômica, e a economia chegar, aos poucos, aos debates ambientais, quando essas conexões ainda não eram tão evidentes. É desse ponto de encontro que ela escreveu Amazônia na encruzilhada: O poder da destruição e o tempo das possibilidades. O livro relata como foi possível durante quase dez anos derrubar as altíssimas taxas de desmatamento, em uma vitória nacional comparável ao Plano Real, e como o país regrediu e passou a ter nova elevação do desmate. Agora é a hora de retomar o caminho virtuoso.

Com pesquisas, entrevistas e apurações iniciadas pela autora no confinamento da pandemia de covid-19, com a experiência de visitas anteriores e uma viagem feita após a pandemia a uma área de muito conflito, a obra traça um panorama da região. Mostra como opera o crime na Amazônia, como resistiram as agências ambientais e os órgãos de controle no auge do ataque à floresta, como as tecnologias de satélites e de comunicação têm sido aliadas da proteção. Míriam Leitão também traz para o debate líderes indígenas, cientistas, ambientalistas, economistas, banqueiros, grandes e pequenos produtores rurais. “No encontro do capital com a floresta, da ciência com os indígenas, do ambientalismo com os produtores, há muita novidade, há muita vida. E foi isso que eu fui buscar para contar aos leitores.”

Em Amazônia na encruzilhada, Míriam Leitão visita pontos espalhados da história recente para, através de idas e vindas, avanços e derrotas, traçar o fio que nos conduz ao tempo atual, o das possibilidades. E enfatiza: “Este é o melhor tempo de reafirmarmos nosso pacto pela proteção do patrimônio natural.”

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Míriam Leitão

Míriam Leitão

Miriam Leitão é de Caratinga (MG). História do futuro: o horizonte do Brasil no século XXI é seu terceiro livro de não ficção. Também é autora do romance Tempos extremos, publicado pela Intrínseca em 2014, e de três obras infantis. É jornalista de TV, rádio, jornal e mídia digital. Em quarenta anos de profissão, recebeu diversos prêmios, entre eles o Maria Moors Cabot, da Universidade Columbia, de Nova York. Ganhou o Jabuti de Livro do Ano de Não Ficção em 2012 por Saga brasileira. É casada com Sérgio Abranches, tem dois filhos, Vladimir e Matheus, e um enteado, Rodrigo. É avó de Mariana, Daniel, Manuela e Isabel.


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