O su doku é tão cultuado que gera competições acirradas, programas especializados em rádios como a BBC e inúmeros sites na Internet. Mais do que jogadores, são aficionados contumazes que se dedicam à solução dessa revolução no universo do passatempo.
Wayne Gould, o organizador dos dois livros, descobriu o su doku durante uma viagem ao Japão em 1997 e decidiu sofisticar o quebra-cabeça ao desenvolver um programa de computador capaz de criar um sem-número de enigmas. Quando o jornal inglês The Times começou a publicá-los no suplemento de variedades, em 2004, foram imediatamente encaixados no cotidiano de afazeres britânicos, inclusive de celebridades. Um fenômeno rapidamente deslocado dos jornais e revistas para as listas de best-sellers.
A história do su doku remonta ao século XVIII, quando o matemático suíço Leonhard Euler, num esforço de atrair a atenção dos filhos para a matemática de forma lúdica, criou o puzzle. A idéia foi apurada ao longo do século XX, surgindo numa revista americana da década de 1970 e no Japão, em 1980, no jogo então batizado de su doku – em tradução aproximada, “ordenação de números”.
A brincadeira consiste em preencher uma grade (contendo 81 espaços) com dígitos de 1 a 9, em qualquer ordem, mas sem repeti-los nas linhas horizontais e nas colunas verticais. Alguns números estão previamente inscritos. Na introdução, o organizador dá dicas preciosas para iniciantes, que podem evoluir de um começo fácil, passar pelo médio e pelo difícil, até o confronto final com o que ele chama de diabólico.
Wayne Gould
Fã de puzzles, o ex-juiz neozelandês gastou seis anos para aperfeiçoar o programa que popularizou o su doku no mercado ocidental. Wayne Gould mora na Nova Zelândia, mas viaja pelo mundo para divulgar o jogo. Em 2006, foi eleito uma das pessoas mais influentes do mundo pela Time Magazine.
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