Nosso Destino Incerto

Eu sei que era para falar sobre a minha primeira paixão… E ainda sim vou falar, não exatamente a primeira de todas as paixões, mas sim da primeira paixão que senti depois de perder alguém que amei de todo meu ser.

Quando resolvi dar uma nova chance ao amor entrar na minha vida, foi justamente na noite em que o encontrei. Era um céu entre nuvens e estrelas e eu conhecia pouquíssimas pessoas naquele lugar, mesmo indo com o meu amigo (e ex, não o que perdi… apenas um a quem tentei dar uma chance) eu não sabia como iria ser aquela noite. Porém, uma noite um tanto sem sal ganhou tempero quando meu olhar captou os dele, um mar de serenidade, conforto e zelo. O cumprimentei e então abriram a entrada do prédio para irmos pra festa.

A noite se desenrolou de forma meio lenta e gostosa, mesmo nervoso eu aproveitava e ainda pensava nele. Em certo momento estávamos juntos. Suas palavras transmitiam desejo e insegurança, as minhas apoio e vontade. Os nossos corpos faziam uma dança harmônica que não seguia com precisão a música que tocava, mas sim uma música que somente eu e ele parecíamos ouvir. De repente, eu e ele éramos um. Cada beijo, cada toque, cada palavra, cada olhar, TUDO era intenso e cheio de desejo. Eu queria tanto quanto ele. Ele me fazia querer ir além do que eu tinha ido desde a minha dor passada.

Conforme a festa ia acabando, eu sabia que meu tempo com ele ia acabar. Mas os céus deram uma chance e acabamos dormindo na casa do menino que morava no prédio. A cama foi onde nos casamos, sem palavras e nem diretrizes, apenas seguíamos os instintos nos guiavam. As mãos firmes dele passeavam pelo meu corpo, minha boca explorava a sua, nossos corpos se fundiam em um até eu não saber onde ele terminava e eu começava. Éramos uma força una do universo, cada terminal de nós era puro êxtase e prazer além do inimaginável. Foi a notie em que fizemos parte das estrelas. Era desejo, paixão, intesidade… e amor.

Depois daquela noite, tivemos um amanhacer bom, continuamos juntos, cuidando um do outro, amando um ao outro. Porém após a nossa separação para nossos lares, nosso elo perdurou por um bom tempo e volta e meia acabamos temos um flash daquele dia de novo. Quando esse momento acaba, cada um vai para seu lado, o pulsar do elo enfraquece, eu olho para trás e ainda fico a pensar “Será que ainda haverá um nós no futuro?”

Não vou negar que ainda o amo, que ainda penso nele como penso nas estrelas do céu. Mas já não vivo pelo meu amor a ele, isso é algo que guardo e deixo reservado para um dia – quem sabe – deixar florescer de novo. Enquanto isso, é uma lembrança doce-amarga daquele que já me teve por inteiro e me deixou tê-lo por uma noite.