Quando eu me apaixonei pela Fulana Dita Cuja

Prepare-se pra ler mais um livro, porque acho que é isso que eu vou escrever aqui.

Recomendo escutarem o álbum Room On Fire dos Strokes, enquanto lêem. Mas só se gostarem. É que tem a ver com a história.

Bom, vamos lá. Eu me empolgo ao escrever, aí quando vejo já tô quase escrevendo uma trilogia sem perceber.

A nossa história começa em maio de 2016. Eu tinha 16 anos e recebi o meu primeiro pedido de namoro. É, eu nunca fui muito ligada nesse negócio de “ai, vou encontrar meu príncipe e nós vamos ser muito felizes numa casa com nosso cachorrinho e ai, vai ser maravilhoso”. Nos grupos das meninas, só se falava nisso. Eu ficava tão “KKKKKKKKKKKKK MAS QUE PORCARIA DE ASSUNTO, VOU ASSISTIR MEUS ANIME QUE EU GANHO MAIS”

Só que ao mesmo tempo, eu queria encontrar alguém, porque eu tinha curiosidade de como é que era namorar, ter um companheiro, enfim
E tirar o bv também, né
Na verdade, dos meus 13 anos até meus 16 o objetivo era o bv, não era nem namorar

Mas eu não gostava de nenhum menino :l eu lembro que tinha um moleque na oitava série que só ficava falando pra mim: “Sofia, Fulano quer ficar contigo! Beltrano também! Quem tu quer ficar?”

Eu saía correndo.

Aí acabei aceitando namorar com o menino lá em maio de 2016, porque eu gostava dele, acho que daria certo. Ele também nunca tinha namorado e era bv também (ele tinha 14 anos na época).
Foi tudo muito lindo, adorei namorar com ele, sentia até atração física por ele, o que foi uma loucura porque nunca tinha sentido aquilo. Mas aquele namoro era mais isso mesmo… a gente se encontrava mais pra suprir nossas necessidades hormonais (mas a gente só se beijava, viu kkkk nunca rolou mais que isso). Nem conversar direito a gente conversava. Tinha uns planos futuros, mas nada assim “nossa, a gente se ama muito”, apesar de dizer que sim.
Até música a gente fez junto sobre nós dois… ah, tempo bom kkkk

Adivinhem quanto tempo isso durou?

1 mês.
Sim, 1 mês. Depois disso, ele terminou. Aí eu fiquei assim: tá, ok. Vão vir outros. De boa, vambora.

É, eu dizia que amava ele mas nem chorar eu chorei depois que ele terminou.

Agora vamos avançar pra outubro de 2016 até março de 2017.
Comecei a ter uns sonhos muito fora do normal (porque eu nunca tinha sonhado) de eu beijando uma colega da minha sala… depois, eu comecei a ter sonhos mais pesados do tipo eu fazendo coisas a mais… com uma garota que eu não conhecia.
A partir daí, comecei a pesquisar mais sobre sexualidade, LGBT, tudo isso. Saí do ensino médio em dezembro de 2016 e fiquei uns 3 meses de férias só pesquisando sobre isso.

Mas aí, ok. Em abril eu comecei a pensar: “beleza, talvez eu goste de meninas. Mas eu nunca tive atração por nenhuma (e de certa forma, por meninos também a atração era pouca). Onde diabos eu vou encontrar uma menina pra eu tirar essa dúvida?”
Só que aí eu parei de pensar nisso um pouco porque eu botei um outro ponto na minha vida: minha profissão. Meus estudos. Saí do ensino médio, e agora? O que eu faço da minha vida?!
Eu sabia que com o conhecimento que eu tinha, eu não ia tirar mais que 500 pontos no ENEM. E eu tava sonhando alto, querendo ir pra Portugal, e se eu tirasse uma nota razoável no ENEM, daria pra eu ir.
Mas eu sempre fui preguiçosa pra estudar, e sozinha não rolaria de forma alguma. Aí, com muita sorte, eu consegui uma bolsa no cursinho da minha cidade (aqui tem uns 60 mil hab).

E segurem-se, pessoal que aqui que tudo vai começar. Sim, tudo que você leu até aqui não adiantou nada e você perdeu tempo lendo!

KKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKK MENTIRA, essa introdução era fundamental pra você entender o resto disso aqui!

Bom, eu comecei a estudar no cursinho no dia 22 de maio de 2017 (desculpa, sou paranóica com datas).
Conheci 6 colegas que seriam minhas parcerias que eu teria durante mais ou menos 7 meses. Algumas eu vou sempre manter contato, mas a gente teve contato mesmo foi nesses 7 meses.

Dessas 6, uma foi a que eu dedico esse “livro”.
Eu não gosto de botar o nome real das pessoas, então vou a chamar carinhosamente de Fulana Dita Cuja.

Dia 22, tava lá eu bem bela esperando a aula começar, nisso entra uma guria que senta bem na frente. Depois entrou outras, e assim sucessivamente, até preencher quase todas as cadeiras da frente. Nisso, uma garota de óculos entra na sala. Eu olho pra ela e ela olha pra mim. Era a Fulana Dita Cuja. Eu não a conhecia, mas me vem um calor no peito. Uma sensação esquisita, meu coração disparou sem motivo aparente. Eu pensei: “gente, quem é essa guria? Quem são essas gurias? Preciso fazer amizade com elas”.

Aí no intervalo eu tava lá tentando chegar nelas, até que… a própria Fulana Dita Cuja olha pra mim, do meu lado, e diz olá. Eu digo também, ela se apresenta e eu me apresento.
Nisso, eu fui apresentada pras outras garotas também.

Beleza. Dia 23.
Fulana Dita Cuja chega atrasada e acaba sentando do meu lado. Ao decorrer da aula, ela sem motivo aparente, apoia a cabeça no meu ombro. E ali, naquele momento se eu tivesse um narrador pra minha vida, ele falaria nessa cena:

“E foi naquele momento em que Sofia percebeu o que é se ferrar pela primeira vez.”

Assim que ela fez isso, me veio uma mistura de sentimentos tão rápido assim, enfim. Eu não vou conseguir descrever aqui. Só sei que… hoje em dia eu acho tudo aquilo tão bobo. Mas naquela época eu fiquei tipo “UOOLOCO, O QUE QUE TÁ ACONTECENDO MEU DEUS DO CÉU ALGUÉM ME EXPLICA O QUE TA ACONTECENDO” mas por fora eu tava bem plena, sentada, escrevendo as coisas que o professor tava ensinando.

Beleza. Lembrando: fazia um dia que eu tinha a conhecido.

Durante essa semana, eu troquei ideia com ela, descobri que ela fazia e gostava de TANTA coisa que eu também gostava e que eu não fazia ideia de que alguém daquele lugar gostava também… e de novo: aquilo tudo era tão bobo… mas naquela época eu fiquei MUITO empolgada com tudo aquilo, só porque ela já tinha assistido Submarine… KKKKKKKKK
Tá, uma semana depois eu passei uma tarde na casa dela e foi acho que uma das melhores tardes de 2017.
Ela tinha uma vitrola, um violão, um ukulele e CDs dos Strokes.
Eu toquei violão pra ela. Ela se encantou pelo jeito que eu tocava, mas do jeito que ela olhava pra mim eu acabei interpretando de uma maneira errada.

Ela tava namorando na época. Pra quem tá ansioso, sim, era uma outra menina. GRAÇAS A DEUS, eu não me apaixonei por uma hétero (ainda).

Só que elas estavam numa crise e tipo, a Fulana Dita Cuja tava MUUITO apaixonada por ela.

Bom, acho que eu nem precisaria mais escrever nada porque vocês já sabem, né? Eu me ferrei bonito. Nossa, como eu me ferrei.
Naquela tarde, ela chegou a deitar no meu colo e dizer que tava muito triste por tudo que elas estavam passando.
Vamos avançar para julho.
Fulana Dita Cuja acaba terminando o relacionamento.
Aí acho que foi quando eu fiz uma merda tão grande que tá no TOP 5 das maiores merdas que já fiz na minha vida.

4 dias depois que ela terminou com a garota, eu…

Eu me declarei pra ela.

MANO, NÃO PÕE A CULPA EM MIM! Eu tava praticamente fora de mim! Eu pensava na criatura 48 horas por dia! Eu nunca tinha experimentado isso de ficar TÃO vidrada numa pessoa. Nem estudar eu tava conseguindo! Olha o tipo de pessoa que eu sou: entra num cursinho pré vestibular, todo mundo tenso pra passar naquela droga, e eu simplesmente fico doidamente apaixonada pela minha colega. Nossa, ô guria estudiosa eu sou! Caraca! #partiuharvard

Rolou um egoísmo LEGAL da minha parte, porque tipo ela tinha terminado um namoro com quem ela gostava tanto fazia 4 dias. E eu já tava lá, falando tudo que eu sentia.

Fazia um mês que eu a conhecia! Um mês! Bom, mas enfim.
Eu deixei a entender pra ela que eu queria falar com ela dia 5. Nós marcamos de se ver dia 6.
E eu tava naquela expectativa, tipo: VELHO, QUE QUE EU FAÇO AGORA

Aí no dia 6, a gente se viu na praça e até hoje eu sinto vergonha alheia de mim mesma de quase tudo que aconteceu naquele dia. Sabe quando tu sente vergonha alheia do seu eu do passado? Pois é.

Primeiro, que eu dei tanta indireta que ela mesma perguntou pra mim se era ela que eu tava falando. Aí, eu toda bobinha falei que sim.
Conversamos, batemos um longo papo, ela disse que não ia deixar de ser minha amiga por causa daquilo, disse que ela também já tinha gostado de outras pessoas e essas pessoas cagaram pro sentimento dela, tipo ela tava tentando falar: “Calma, eu não gosto de você desse jeito, já sofri por falta de reciprocidade também mas eu ainda assim queria ser sua amiga”.

Só que eu acho que se ela falasse isso, eu ia sofrer muito na hora, mas depois eu acho que eu iria superar muito mais rápido.

Só que… não foi bem isso que aconteceu.

Eu ela usávamos óculos. Ela tirou meus óculos. Eu tirei os óculos dela. A gente ainda trocou algumas palavras.

Ela… me beijou.
É. Pois é. É isso aí. Não fui que tomei iniciativa. Merda. Ainda sinto calafrios ao lembrar daquilo.

Ah, e lembrando: nós duas estávamos sóbrias, ok? Depois disso nós fomos para o cursinho estudar, porque a gente fica mas a gente queria passar no vestibular também.

Bom, por enquanto aquele foi o melhor beijo que já tive. Ainda virão melhores (eu espero), mas aquele por enquanto foi de longe. Não chega nem aos pés de quando eu ficava com aquele namoradinho de 2016.

Foi como se tivessem jogando fogos de artifício dentro de mim. Foi uma coisa muito forte. Enfim, eu não vou me alongar nisso, porque enfim…

Aquela noite sim, foi a noite mais feliz que eu tive em 2017. Eu não dormi. Aquela cena ficou se repetindo zilhões e zilhões de vezes na minha cabeça. O tempo todo. Eu até hoje não sei como não pirei.

Paixão na adolescência é uma coisa avassaladora, velho! E eu aprendi isso na prática! Vivendo, curtindo e sofrendo!

Agora começa a parte em que eu não gosto nem um pouco: a parte triste.

Depois daquele dia, a Fulana Dita Cuja começou a se afastar de mim. Cada vez mais. Ela nunca mais sentou do meu lado. Ela nunca mais andou de mãos dadas comigo (ela faz isso com todas as amigas dela). Ela nunca mais me abraçou. E ela nunca mais quis que eu abraçasse ela.

Tá bom, eu entendi o recado. Mas… doeu tanto aquilo.
Quer um spoiler? Ela nunca disse na minha cara: “Sofia, eu não sinto atração nenhuma por ti”.

Ela só deixou nas entrelinhas.

No meio de julho, a Fulana Dita Cuja chegou no intervalo do cursinho. E ela já chega perguntando a pérola:

“Gente, como é que faz pra tirar um chupão?”
É, ela tava com um chupão. Enfim, nada a declarar. Ela tava com a merda de um chupão.

Agosto foi de longe o mês mais intenso de 2017. Arrumei estágio na minha área, fiz meu primeiro trabalho, viajei sozinha, fiz aventuras… mas tudo isso com o meu subconsciente ligado naquela menina.
Agosto foi o mês que eu contei a experiência que eu tava tendo pra minha mãe. Foi um momento muito forte e um dos mais emocionantes que tive com ela. Ela entendeu, respeitou, mas não queria falar sobre o assunto. Eu chorei muito aquele dia, mas não foi por tristeza.

De tristeza mesmo eu chorei na virada do dia 31 de julho pro dia 1 de agosto. Foi quando conversei com uma das amigas da Fulana Dita Cuja que era minha amiga também. Falei tudo pra ela. E ela é tipo aquelas pessoas super sinceras, sabe? Ela me jogou na cara toda a verdade. Naquela noite eu descobri o que era chorar por causa de uma paixão. Eu nunca tinha chorado por causa disso. E eu não chorei só porque ela não gostava de mim como eu gostava dela, mas também porque eu fiz muita merda pra ela… joguei um monte de coisa naquele furacão que tava a vida dela, fazia poucos meses que ela tinha se assumido pros pais dela e deu muita merda, a mãe disse que ela não era mais filha dela, ficou uma semana sem falar com ela, enfim, a vida dela tava um turbilhão desgraçado de coisa e eu lá enfiando mais coisa… chorei por isso também. Eu fui bem egoísta.

Dia 4 de agosto foi quando eu filmei um show de vários alunos da escola que a Fulana Dita Cuja estudava. E adivinha? Ela se apresentou.
Tenho que admitir que como cantora, ela era uma ótima fisioterapeuta (ela queria fazer fisioterapia). Mas pra mim, ela era a melhor cantora da noite. A paixão é cega e surda.

Dia 20 de agosto foi quando fizemos uma viagem pra um evento de cultura japonesa na capital. Aquele dia foi muito louco. Mas enfim: quase todas minhas colegas do cursinho incluindo a Fulana Dita Cuja foram junto na excursão.
Ela ficou com umas pessoas lá, eu também fiquei com uma outra guria lá, mas lógico que não foi a mesma coisa. Foi um negócio mecânico. Naquele dia, descobri que ficar com pessoas que você não está atraído é uma merda.

Aí na volta da excursão, a Fulana Dita Cuja sentou atrás de mim junto com uma outra guria. E ela tava falando uns negócios que me machucaram de novo. Mas infelizmente, eu ouvi.

“Tipo, eu gosto de ficar com ela, eu gosto de beijar ela… mas eu não queria nada sério. Ano que vem eu vou pra faculdade”

É, meus amigos. Ela já estava ficando com uma outra guria e já tava quase namorando. É, dói até hoje.

4 de setembro.

6 dias pro meu aniversário de 18 anos.

Fulana Dita Cuja estava meio cabisbaixa. Cara de cansada.
Intervalo chega. Fulana Dita Cuja olha para uma das nossas colegas, abraça ela e diz:

“TÔ NAMORANDO!”

T O N A M O R A N D O

E U E S T O U N A M O R A N D O

Fulana Dita Cuja começou a namorar.

E… meu chão caiu.

Simplesmente isso. Acabou.

Foi a própria que pediu a outra em namoro. Numa montanha russa.
Por fora eu tava: “Nossa, parabéns! Bah, ela nem era pra mim mesmo! Eu nunca iria entrar numa montanha russa! Que bom, agora minha mente limpou, agora posso partir pra outra!”

Por dentro, lá no fundo eu sentia uma dor física no meu peito toda vez que eu a via. Eu sentia dor de verdade. E não era dorzinha, era algo bem forte. Sabe quando tu tá com vontade de chorar, mas engole o choro e fica doendo a tua garganta? Então, adapta com tu querer transmitir amor, carinho e afeto pra alguém e não podendo, tendo que deixar todo aquele sentimento dentro daquele peito. Vai doer. Doeu.

Aí passou outubro, não aconteceu nada demais nesse mês e novembro chegou. E com ele, o vestibular.
Sabe que realmente, há males que vem para o bem.
Se não fosse a Fulana Dita Cuja e as colegas que eu fiz lá, provavelmente eu ia desistir de estudar no cursinho e iria tentar sem sucesso estudar por conta própria. Porque convenhamos, estudar lá sem nenhum amigo é bem ruim.

ENEM chegou, fizemos os dois dias de prova e eu acabei fazendo bem na escola em que a Fulana Dita Cuja fez também.
Mas isso não vem ao caso. O que vem ao caso é a tarde depois do segundo dia do ENEM. Todas nós fomos nos reunir no bar da cidade. E aquela noite eu… conheci a namorada da Fulana Dita Cuja.

Bom, eu adotei o método de: toda vez que alguma forma de carinho entre elas acontecia, ou eu fechava os olhos, ou olhava pro outro lado, ou saía fora dali.

Não dá. Teve um dia até que a Fulana tava falando de “aventuras” que ela fazia com essa namorada. Não, eu não creio que eu aguentei ouvir tudo aquilo.

Naquela noite do bar, me excedi um pouquinho na bebida (POR QUE SERÁ, NÉ) aí a Fulana Dita Cuja fez uma coisa que eu achei muito legal da parte dela.
Ela me levou até em casa, junto com outros dois rapazes.
Ah, achei bacana da parte dela. Enfim.

Depois daquela noite, fui ver ela só um mês depois, no amigo secreto. Aliás, olha só o destino me ferrando mais uma vez! Adivinha quem eu tirei no amigo secreto? Entre 6 pessoas, quem eu tirei? Pois é.

Eu acho que nunca me dediquei tanto num presente pra alguém. Eu fiz um violãozinho de papelão, do tamanho real de um violão de verdade. Botei VÁÁÁRIOS easter eggs sobre a personalidade dela, desenhei no violão inteiro, atrás coloquei o xerox de uma redação que ela tinha feito no cursinho, dos lados tinha um arco íris… ah, eu nunca fiz presente mais lindo pra alguém. Só faltou botar a cartinha dentro dele hueheuheuheu mas não fiz isso por motivos óbvios.

Bom, parece que foi ontem mas eu não há vejo já fazem mais de 3 meses. Só troquei duas frases com ela mês passado por whatsapp, porque eu tava indo pra capital estudar e ela também.

Pode parecer que não, mas hoje eu tenho muito mais empatia e entendo muito mais o outro lado das pessoas por causa dela.
Eu entendi que quando você não gosta de alguém, você não gosta e ponto final. Não dá pra mudar. Eu me coloquei no lugar dela quando eu ainda era apaixonada por ela mesmo depois que ela tinha começado a namorar. Eu pensei: “E se eu tivesse namorando com a Fulana Dita Cuja e alguém gostasse de mim e ficasse me enchendo o tempo todo, se declarando?” Não iria ser nada legal, né…
Então, eu percebi que nem sempre tu vai ter o que tu quer. E tá tudo bem. A vida ia ser muito chata se tudo que você quisesse se realizasse.

Hoje eu tô aqui, solteira, ninguém tá afim de mim e eu não tô afim de ninguém. Eu ainda tenho saudades dela, queria saber por onde ela anda, mas eu não acho que seja saudável pra mim. Nem rede social eu uso mais pra evitar qualquer problema.
Se você leu até aqui, nossa, parabéns, não sei nem como explicar. Mas é isso aí.

Caso queira conversar, não sei se pode isso mas meu e-mail é sofia131999@gmail.com