efeméridade

Minha primeira vez foi a efemeridade mais infinita que senti até o momento. Ela não aconteceu há muito tempo, ainda é fresca na memória.
Bem, na verdade foi a minha primeira vez em tudo. Primeira vez que eu conheci alguém que se interessasse por mim, primeiro beijo, primeiro olhar de desejo, primeiras borboletas no estômago, primeiro tudo.
Também foi a primeira vez que eu conheci alguém que realmente sabia com total e absoluta certeza que é gay, até então só tinha conhecido meninos que ainda estão confusos, normal na nossa idade eu acho.
Eu conheci ele no Grindr. Claramente não era pra eu, um menor de idades estar lá hshshs, porém eu tenho dessas loucuras, se minha vida tá normal.de mais eu faço alguma coisa pra que o meu interesse por ela volte. Pois bem, ele acabou pedindo meu WhatsApp e a gente passou um domingo inteiro conversando. Logo ele quis marcar um encontro, acho que aconteceu na quinta feira.
Fui até a universidade em que ele estudava. Não sei como, mas ele percebeu que eu gosto desses roles mais “intelectuais” e que bem, de intelectual no final não teve nada ksksk. Ficamos um bom tempo conversando na biblioteca, já que eu não tomaria iniciativa de jeito nenhum, ele me beijou. Beijar foi algo estranho no começo, mas depois ficou algo naturalmente bom, eu diria.
A primeira vez propriamente dita acabou sendo no banheiro de um prédio, não abandonado, mas meio esquecido aparentemente. Eu sei que não foi nada romântico, mas pra mim, naquele momento, não tinha que existir romantismo. O problema é que o romance veio depois. Ao mesmo tempo que a separação também.
Eu me apaixonei por ele, um paixão que eu sei muito bem que só existe pra mim é que é por N motivos impossível. Isso me deixa triste. Mas é como Rita Lee está tocando na minha cabeça há mais de meia hora “Amor é Bossa Novo, Sexo é Carnaval”. Foi no Carnaval que aconteceu, infelizmente acho que lá que vai ficar hshshshshh