Escrito durante o cativeiro do autor — preso pelas tropas americanas no fim da Segunda Guerra Mundial —, “A 25ª hora” conta a história de Iohann Moritz, um camponês romeno que é equivocadamente denunciado como judeu por um gendarme que lhe cobiça a esposa. Moritz cai nas garras dos nazistas, iniciando um périplo por diversos campos de concentração da Europa. Ao fugir com outros detentos para a Hungria, país “onde a vida é menos dura para os judeus”, acaba detido como espião romeno e é torturado. Deportado para a Alemanha, na condição de “trabalhador húngaro voluntário”, é examinado por um médico nazista que o considera um espécime excepcional da linhagem ariana. Ambientado num cenário irrespirável, “A 25ª a hora” revela-se uma condenação não só do nazismo, como de todo tipo de totalitarismo. Um romance emocionante, com reflexões atuais e necessárias.
Virgil Gheorghiu
Virgil Gheorgiu nasceu na Romênia em 1916 e estudou teologia e filosofia.Quando os soviéticos ocuparam a Romênia em 1944, exilou-se voluntariamente. Preso pelas tropas americanas no fim da Segunda Guerra, foi viver na França em 1948, onde, em 1963, ordenou-se sacerdote ortodoxo. Faleceu em 1992. Escrito durante o cativeiro do autor e publicado em 1949, consiste numa crítica radical do homem do século XX, que é considerado artífice e vítima do processo de mecanização e robotização da nossa “sociedade técnica ocidental”.
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