Poucas atividades estão tão associadas à busca da felicidade quanto o desejo de viajar para algum lugar distante, com clima diferente, paisagens e costumes mais interessantes. Embora não faltem publicações que recomendem variados destinos, o viajante dificilmente encontra na literatura uma reflexão sobre as motivações que o levam a abandonar o conforto do lar e a enfrentar o desconhecido. Tampouco se encontram conselhos para que tal jornada se transforme em uma experiência enriquecedora para o indivíduo.
Muito bem acompanhado por uma seleção de literatos, artistas e pensadores como Flaubert, Edward Hopper, Wordsworth e Van Gogh, o escritor Alain de Botton passeia pelo universo das viagens, deslocando-se por Barbados, Amsterdã, Madri, Provence e o deserto do Sinai. Seu olhar aguçado esmiúça as múltiplas facetas do processo, da peregrinação às atrações turísticas aos altos e baixos de uma relação amorosa em cenário tropical, sem relegar ao segundo plano aspectos mais negligenciados como a intrigante paisagem de aeroportos estrangeiros, o mobiliário de quartos de hotéis e o discreto charme dos postos de gasolina de beira de estrada.
Ao contrário dos guias turísticos que determinam e hierarquizam o que há para se ver durante uma visita, A arte de viajar nos encoraja a expandir nossos horizontes e examinar o que nos leva a fazer as malas. Nesse volume fartamente ilustrado, Alain de Botton fornece a bagagem imprescindível para o pensamento, oferecendo sua contribuição para que nossas jornadas sejam, acima de tudo, mais felizes.
Alain de Botton
Alain de Botton nasceu em Zurique, na Suíça, em 1969, mas transferiu-se para a Inglaterra com sua família quando tinha oito anos de idade. Estudou na tradicional Universidade de Cambridge. É autor de Religião para ateus, Como Proust pode mudar sua vida, e seus livros de ensaio que abordam temas ligados à filosofia da vida cotidiana, como o amor, a arquitetura e a literatura e se tornaram best-sellers em mais de trinta países, sendo alguns deles, inclusive, transformados em documentários para a televisão britânica. Seus escritos desenvolvem ideias originais apoiadas, de forma inusitada, na obra de grandes pensadores e seguem a tradição de Sêneca e Montaigne.
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