Em meados de janeiro de 2020, Uğur Şahin disse a Özlem Türeci, sua esposa e parceira de pesquisa, que uma vacina contra a Covid-19 poderia ser desenvolvida e inoculada com segurança nos braços de milhões de pessoas até o fim daquele ano. Ninguém mais acreditava que era possível.
Sua confiança estava baseada em quase trinta anos de pesquisa. Ao tentar revolucionar o tratamento de tumores cancerosos, o casal tinha explorado a volátil e subestimada molécula de RNA mensageiro. Os dois acreditavam que a pesquisa poderia ser aproveitada para redirecionar as forças do sistema imunológico contra uma série de doenças.
Fundadores da BioNTech, uma empresa de biotecnologia, Şahin e Türeci enfrentaram o ceticismo generalizado da comunidade científica; mas, quando o SARS-CoV-2 foi descoberto em Wuhan, na China, a dupla estava preparada para implantar sua tecnologia de ponta e realizar a primeira inoculação clinicamente aprovada contra o coronavírus.
A vacina explora uma das descobertas médicas mais importantes de nossa época e revela como o Dr. Şahin e a Dra. Türeci foram capazes de desenvolver vinte possíveis vacinas em poucas semanas, convencer a indústria farmacêutica a apoiar seu projeto ambicioso, desviar da interferência política da administração Trump e da União Europeia e, por fim, fornecer mais de três bilhões de doses da vacina BioNTech/Pfizer para o mundo todo — em tempo recorde.
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Joe Miller
Joe Miller é correspondente do Financial Times em Frankfurt e cobriu o projeto Covid-19 da BioNTech em tempo real. Antes disso, trabalhou para a BBC News em Londres, Nova Délhi e Berlim.
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