Fagulha

Eu amei tão profunda e ingenuamente meu primeiro amor que torci sinceramente para que o primeiro amor dele desse certo. Não era eu. Eu era cumplicidade, companheirismo, admiração. Ela era fagulha. A sensação de ser boa, mas não boa o bastante, foi consumindo aquele primeiro amor que me consumia. Virou cinza.
A história teve início com uma amizade e terminou com um “a gente ainda pode ser amigo”, e eu hoje sou muito amiga daquela Fagulha. Meu primeiro amor virou primeira decepção, primeiras tantas vezes, últimas tantas outras, mas me trouxe a melhor amiga que eu já tive na vida.
E é bom o bastante para mim.