O batismo de Paulina

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Mosaico Miriam

A ideia de escrever Tempos extremos chegou para Míriam Leitão de forma inesperada e arrebatadora. Mesmo passando todo o dia absorvida por suas atividades jornalísticas, no meio da noite a autora era procurada pelos personagens, para que a história fosse escrita. A inspiração surgia com facilidade. Os nomes de cada personagem foram se apresentando, exceto o de Paulina, a escrava que almejava a liberdade.

O curioso é que a solução aconteceu durante uma visita guiada à exposição Registros privados da escravidão, apresentada na Casa Rui Barbosa, no Rio de Janeiro. Na última hora, quando o processo de desmontagem já havia começado, Míriam foi recebida na instituição e guiada pelas vitrines que exibiam documentos que muito revelavam sobre as condições de vida dos escravos nos lares brasileiros.

Ela se deparou com documentos, como a carta da sinhá que escrevia ao marido pedindo a alforria de sua escrava como presente de aniversário de casamento. Um nome se destacou entre os papéis e a escritora teve o insight. A escrava que não aceitara ser chamada de Efigênia (como Míriam pensara inicialmente) já tinha um nome: nascia Paulina, que carregaria consigo a esperança pela tão sonhada alforria, que só seria poderia se concretizar à custa de muito tempo e sofrimento.

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