Daron Acemoglu e James A. Robinson, professores do MIT e da Universidade de Chicago, são internacionalmente reconhecidos por seus trabalhos no campo das ciências econômicas. Após quinze anos de pesquisa colaborativa, os dois escreveram o best-seller internacional Por que as nações fracassam, e agora lançam o seu novo livro, O corredor estreito.

Em Por que as nações fracassam, os autores respondem questões que intrigam cientistas sociais e economistas há séculos: por que alguns países são ricos e outros são pobres? O que faz com que algumas sociedades sejam saudáveis, prósperas e seguras enquanto outras sofrem com doenças, fome e violência? 

Para Acemoglu e Robinson essas diferenças não podem ser explicadas pela cultura, pelo clima ou pela geografia. Acima de tudo, são as instituições políticas que determinam o sucesso — e o fracasso — das nações. Instituições adequadas, direito à propriedade privada e livre concorrência são cruciais para que as nações escapem da pobreza e alcancem a prosperidade. 

Os autores defendem ainda a tese de que a chance de os países desenvolverem boas instituições é maior quando dispõem de um sistema político pluralista e inclusivo, responsivo às necessidades econômicas e às aspirações da sociedade. 

Através de exemplos históricos e atuais, os autores demonstram que as desigualdades econômicas dos países resultam de suas diferentes instituições, das regras que influenciam como a economia funciona e dos incentivos que motivam a população. 

A partir desses argumentos, evidenciam como algumas mudanças podem contribuir para o surgimento de instituições plurais e inclusivas, que geram inovações progressistas e êxito econômico, enquanto outras, ao contrário, resultarão em instituições repressoras e extrativistas, que impedem o crescimento econômico dos países.

O corredor estreito, segundo livro de Acemoglu e Robinson e inédito no Brasil, discorre sobre as condições necessárias para criar e sustentar democracias liberais. Baseados em eventos históricos e acontecimentos recentes, os autores explicam o que faz com que alguns países sejam livres enquanto outros sucumbem ao despotismo e à anarquia. Para eles, a resposta é simples: a liberdade precisa do Estado e das leis. Mas não é dada pelo Estado ou pelas elites que o controlam. Ao contrário, a liberdade é fruto de um delicado e constante equilíbrio entre Estado e sociedade.

Em um extremo dessa dinâmica, está a repressão de Estados autoritários, e do outro, a violência e a barbárie que surgem em sua ausência. No meio, o corredor estreito, único caminho para a liberdade. É nesse corredor que estão as democracias, que desfrutam de um governo forte e de uma sociedade civil livre, atuante e organizada.

Em tempos de incertezas e instabilidade, a genialidade de Acemoglu e Robinson é imprescindível para analisar o atual momento de crise democrática e entender os caminhos pelos quais sociedade e Estado podem trabalhar conjuntamente, impedindo que o corredor estreito da liberdade se transforme em um caminho para a ruína. 

Por que as nações fracassam e O corredor estreito chegam às livrarias em 26 de maio e já estão disponíveis em pré-venda.