
A segunda vinda de Deuses Americanos
A estranha e maravilhosa obra-prima de Neil Gaiman chegou às telas mais uma vez
Deuses americanos é, acima de tudo, um livro estranho. E foi essa estranheza que tornou o romance de Neil Gaiman, publicado pela primeira vez em 2001, um clássico imediato. Nesta nova edição, preferida do autor, o leitor encontrará capítulos revistos e ampliados, artigos, uma entrevista com Gaiman e um inspirado texto de introdução.
A saga de Deuses americanos é contada ao longo da jornada de Shadow Moon, um ex-presidiário de trinta e poucos anos que acabou de ser libertado e cujo único objetivo é voltar para casa e para a esposa, Laura. Os planos de Shadow se transformam em poeira quando ele descobre que Laura morreu em um acidente de carro. Sem lar, sem emprego e sem rumo, ele conhece Wednesday, um homem de olhar enigmático que está sempre com um sorriso no rosto, embora pareça nunca achar graça de nada.
Depois de apostas, brigas e um pouco de hidromel, Shadow aceita trabalhar para Wednesday e embarca em uma viagem tumultuada e reveladora por cidades inusitadas dos Estados Unidos, um país tão estranho para Shadow quanto para Gaiman. É nesses encontros e desencontros que o protagonista se depara com os deuses – os antigos (que chegaram ao Novo Mundo junto dos imigrantes) e os modernos (o dinheiro, a televisão, a tecnologia, as drogas) -, que estão se preparando para uma guerra que ninguém viu, mas que já começou. O motivo? O poder de não ser esquecido.
O que Gaiman constrói em Deuses americanos é um amálgama de múltiplas referências, uma mistura de road trip, fantasia e mistério – um exemplo máximo da versatilidade e da prosa lúdica e ao mesmo tempo cortante de Neil Gaiman, que, ao falar sobre deuses, fala sobre todos nós.
A estranha e maravilhosa obra-prima de Neil Gaiman chegou às telas mais uma vez
Reunimos aqui os títulos mais famosos do autor. Você conhece todos?
Neil Gaiman nasceu em Hampshire, Inglaterra, e hoje vive perto de Minneapolis, nos Estados Unidos. Descobriu seu amor pelos livros na infância e devorava as histórias de C.S. Lewis, J.R.R. Tolkien, James Branch Cabell e Edgar Alan Poe, entre outros autores. Começou a carreira como jornalista, mas logo o talento para construir tramas e universos únicos o levou para o mundo dos quadrinhos, com a aclamada série Sandman, e depois para a ficção adulta e infantojuvenil. Suas obras receberam inúmeros prêmios e medalhas e foram adaptadas em bem-sucedidas versões para cinema, televisão e até ópera.
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