Atenção para o oitavo (e penúltimo) desafio. *
“— Reyna disse uma coisa sobre você… Ela tentava me provocar. E um garoto mais velho do acampamento disse que sua família não podia ir à Grécia, só que deu a impressão de que queria dizer uma coisa diferente. Então consegui ficar sozinho com Reyna e arranquei dela — admiti, inclinando a cabeça.
Ela me surpreendeu, rindo. Olhei para ela. Estava rindo, mas os olhos eram ferozes, olhando direto para a frente.
— Arrancou dela? — perguntou Hazel.
— Tentei paquerar… Saiu melhor do que eu esperava. — A descrença tingiu minha voz enquanto eu me lembrava.
— Gostaria de ter visto isso. — Ela deu uma risadinha sombria. — E você me acusou de deixar as pessoas tontas… Coitada da Reyna.
Eu corei e olhei para a noite pela murada.
— O que você fez depois? — perguntou ela após um minuto.
— Pesquisei um pouco na Internet.
— E isso a convenceu? — Sua voz não demonstrava interesse. Mas as mãos estavam agarradas na murada.
— Não. Nada se encaixava. A maior parte era meio boba. E então…— eu parei.
— O quê?
— Concluí que não importava — sussurrei.
— Não importava? — Seu tom de voz me fez olhar. Eu finalmente tinha rompido sua máscara cuidadosamente composta. A expressão dela era incrédula, com um toque de raiva que eu temia.
— Não — eu disse suavemente. — Não importa para mim o que você é.
Um tom ríspido de escárnio penetrou sua voz.
— Você não liga que eu esteja morta? Que eu não seja mais mortal?
— Não.
Ela ficou em silêncio, olhando para a frente de novo. Seu rosto era vazio e frio.
— Você está com raiva — suspirei. — Eu não devia ter dito nada.
— Não — disse Hazel, mas sua voz era tão dura quanto o rosto. — Queria mesmo saber o que você estava pensando… Mesmo que o que pense seja loucura.
— Então estou errada de novo? — eu a desafiei.
— Não é a isso que estou me referindo. “Não importa”! — citou ela, trincando os dentes.
— Eu estou certo? — ofeguei.
— Isso importa?
Respirei fundo.
— Na verdade, não — parei. — Mas estou curioso. — Minha voz, enfim, estava composta.
Ela de repente se resignou.
— Está curioso com o quê?
— Quantos anos você tem?
— Quinze — respondeu ela prontamente.
— E há quanto tempo tem quinze anos?
Seus lábios se retorceram enquanto ela olhava o mar.
— Há algum tempo — admitiu ela por fim.”
*Aviso das Parcas: esta paródia é uma criação própria da Editora Intrínseca, não comercializável e que não poderá ser utilizada após o concurso cultural “Desafio A Casa de Hades”.
Confira o regulamento: http://www.intrinseca.com.br/blogdasseries/2013/10/desafio-a-casa-de-hades/
Mundo inferior
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crepusculo,agora sim ….mas boa sorte para quem fica…….fiquem com Deus
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Crepúsculo