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Voa, Passarinho

3 / junho / 2014

Livro e autora

Filha de um chinês com uma descendente de poloneses, a escritora norte-americana Crystal Chan cresceu em uma família multicultural e acredita que pertencer a uma mistura de diferentes etnias a permite compreender melhor o próximo, seja ele imigrante ou natural dos Estados Unidos. Porém, há um lado difícil: Crystal muitas vezes se sente excluída, pois quando está entre chineses, as pessoas se referem a ela como sendo “branca”; e quando está com caucasianos, ela é “oriental”. De sua vivência nasceu a protagonista de seu primeiro romance, Passarinho. Nele, Joia, uma menina de 12 anos, afirma ser “metade jamaicana, um quarto branca e um quarto mexicana”. Ela tem a vida marcada não apenas pela falta de uma identidade cultural, como também pela ausência do irmão, que morreu no dia em que ela nasceu, e pelo silêncio de sua família.

John, o irmão de Joia, ganhou o apelido de Passarinho por subir e saltar do alto de qualquer coisa. No dia em que Joia nasceu, John voou pela última vez: ele caiu de um penhasco. Os pais da menina nunca perdoaram o avô das crianças por ter apelidado o garoto, e ele decidiu nunca mais pronunciar uma única palavra, para não trazer azar à família. Quando Joia conhece um menino que também se chama John, o avô jamaicano acredita que ele seja um espírito maldoso — um duppy­ —, que novamente poderá levar desgraça a todos.

A estreia literária de Crystal é um livro sobre luto, amizade e superação, e também uma história sobre crescer em uma família de diversas origens étnicas em uma pequena cidade no interior dos Estados Unidos. Na internet, a escritora faz parte de uma campanha em prol de livros que tratem de diversidade cultural, pois, de acordo com ela, há muitas histórias assim mundo afora e nem todas são ouvidas. Passarinho será lançado em 21 de junho.

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