Quer saber de um segredinho? Quem gosta corre atrás, e corre muito. Dá seu jeito, pede desculpa, passa por cima do orgulho, passa por cima de tudo e de todos. Porque gosta. Porque sente falta. Muita falta. Então pare de se iludir achando que ele não foi atrás de você porque está se fazendo de difícil. Ok, se ele ficar um dia sem ligar até pode ser isso. Talvez uma semana. Mais do que isso sabe o que significa? Desinteresse.

Não tem nada pior do que brigar com quem a gente gosta. Dói lá no fundo, sabe? É um soco no estômago. Não temos vontade de comer nada, ficamos isoladas do mundo e dormimos o dia inteiro pra esquecer. Mas a gente não esquece, não mesmo. No primeiro estágio pensamos: “Fala sério, ele que corra atrás! Eu estou certa”, e repetimos isso até se tornar verdade. Repetimos porque precisamos acreditar que estamos certas. Porém, o telefone não toca, ele não vem falar com você e a saudade começa a apertar. O estágio dois chega com uma dúvida pertinente: “Será que eu errei?”. Como sempre, o orgulho diz que não. A saudade diz que sim. O coração não aguenta mais ficar longe, o cérebro procura motivos para continuar distante. E o que acontece no estágio três? Bem, esse é o estágio do “dane-se”. Isso mesmo. Você pega todo o seu orgulho, amor-próprio, todos os erros do passado, as mágoas e ressentimentos, amassa e joga no lixo. Afinal, você prefere viver esperando ou correr atrás do que quer? A pergunta é bem simples.

E é por isso que adoram chamar os enamorados de tolos, até mesmo de idiotas. Ora, faz sentido. O amor agracia aqueles que abrem mão de toda e qualquer normalidade. Paradigmas não são aceitos ou levados a sério. O amor é metamorfose ambulante e varia de pessoa para pessoa.

Então tudo bem, se acalme. Se realmente for amor, vai bater à porta da sua casa. Com o cabelo meio bagunçado, a respiração esbaforida e algumas palavras engasgadas. Mas vai.