Sabe aquelas histórias que você lê quando criança e carrega no coração para sempre? É o que a gente quer que aconteça com cada um dos livros infantis que produzimos na Intrínseca. Fazemos tudo com muito carinho, nos divertimos com as histórias, nos emocionamos, nos apegamos aos personagens e repetimos frases marcantes por muito tempo.
Dá só uma olhada em alguns dos desafios de se trabalhar com esses serelepes livros infantis :
1 – Eles se multiplicam!
As séries são muito comuns na literatura infantojuvenil. Três volumes, cinco, doze… As séries maiores são publicadas ao longo de anos, e muitas vezes a pessoa da equipe que leu os anteriores não trabalha mais com a gente ou mesmo não se lembra de detalhes. São listas e mais listas de termos e nomes para a gente não se perder, e toda hora temos que ler trechos dos anteriores para entender o que está acontecendo na história.
2 – Eles são exigentes!
A linguagem do texto infantil pede um ajuste bem fino: nem complicar demais, nem facilitar demais. Por um lado, o livro tem que ser acessível aos leitores em formação, mas também precisamos respeitar a inteligência das crianças. Afinal, o livro vai acompanhá-las no crescimento, estando ao lado delas enquanto ampliam o vocabulário e adquirem intimidade com a língua.
E as piadas? Tem muitas que não fazem sentido em português, especialmente os trocadilhos. E lá se vai um tempão para criar uma versão que reproduza a lógica da piada, mas que seja compreensível para os brasileirinhos.
3 – Eles vivem on-line!
As crianças e jovens são muito presentes nas redes sociais, e temos que acompanhar toda essa energia. É ótimo estar sempre em contato com os leitores pelo Snapchat, Instagram, Twitter, Facebook. O legal é que a gente acaba se divertindo e se descobrindo mais criativo do que imaginava!
4 – Eles capricham no visual!
Ah, as ilustrações… Uma mais bonita que a outra, de encher os olhos, cada uma ao seu estilo e sempre deixando as edições mais bonitas e interessantes. Mas são tão travessas! É só piscar que elas vão para o lugar errado, somem, trocam de lugar… Temos que ficar de olho para encaixá-las certinho, não deixar que falte nenhuma, adaptar o que está escrito no meio dos desenhos e ainda conferir se estão dizendo algo incoerente com o texto.
***
E assim é o nosso dia a dia de produção, quebrando a cabeça para fazer os livros infantis mais fofos e lindos. A gente torce para que eles acompanhem vocês e seus filhos, netos, sobrinhos, vizinhos e que sejam lembrados por muito tempo como grandes companheiros de infância.
Parabéns a todas as crianças!
Equipe Infantojuvenil Intrínseca
1. Sobre séries: melhor evitar tradução indiscriminada de séries sem fim. Melhor livros com historias fechadas, ainda que usem os mesmos personagens. Tipo Monteiro Lobato. 2. Sobre as piadas traduzidas: por que não privilegiar autores nacionais? É mais prático do que tentar traduzir textos intraduziveis. 3. Ilustrações são contextuais e muitas vezes vinculadas à cultura local. Mais uma vez: usem os textos nacionais.