Romance da autora de A visita cruel do tempo chega às livrarias em 30 de setembro

Mais de dez anos atrás, Jennifer Egan ganhou o Pulitzer de Ficção ao contar a história de vários personagens ao longo de cinco décadas, em capítulos com protagonistas diferentes e experimentações narrativas inovadoras. Ao expor as cicatrizes da passagem dos anos em cada indivíduo e apontar a decadência da cultura norte-americana, A visita cruel do tempo alçou a autora ao posto de uma das principais vozes de sua geração.

Este ano, em A casa de doces, Egan retorna ao estilo que a consagrou, com um livro que explora a constante busca por autenticidade numa sociedade imersa em tecnologia e o papel da individualidade no mundo digital. Afinal, se as redes sociais mudaram por completo nossa forma de enxergar o mundo, o que aconteceria se fosse possível fazer um upload completo de nossas memórias na internet e torná-las públicas?

“Acho que a conexão é um desejo humano básico; conhecer e ser conhecido”, afirma a autora em entrevista ao Hotpress. “Mas existe essa camada intermediária, essas plataformas com fins lucrativos que crescem através do engajamento e nos viciam. [São] produtos criados por pessoas extremamente inteligentes que ganham muito dinheiro para descobrir como manter a gente [grudado] nesses aparelhos. Nos sentimos satisfeitos enquanto estamos ali, mas na verdade estamos nos entregando. E eles estão ganhando dinheiro com isso.”

Considerado uma obra “irmã” de A visita cruel do tempo, tanto pela pluralidade de personagens quanto por suas técnicas narrativas, A casa de doces é um livro sobre relacionamentos, criatividade e nossa constante busca por significado e propósito.

A obra chega às livrarias e lojas on-line em 30 de setembro e já está em pré-venda.