Em O infinito em um junco, a escritora espanhola Irene Vallejo apresenta uma aventura pela história da humanidade através da evolução do livro. Em suas mais de 300 páginas, a obra detalha curiosidades sobre esse artefato milenar, desde sua criação até os dias de hoje. Separamos algumas curiosidades incríveis. Confira:
1. A humanidade publica, em média, um livro a cada meio minuto
De acordo com um estudo de Gabriel Zaid publicado em 2010, se colocássemos um exemplar de todos os livros lançados em um ano numa única prateleira, ela teria 20km de comprimento (considerando que cada um desses livros tenha dois centímetros de espessura.)
2. O primeiro papel da história foi criado no Egito.
Três mil anos antes de Cristo, os egípcios descobriram que, a partir do junco de papiro, uma planta cujas raízes ficavam submersas no rio Nilo, era possível fabricar um material maleável, no qual se podia escrever com tinta
3. Calímaco foi o primeiro bibliotecário da história.
O poeta foi um dos responsáveis pela organização da Biblioteca de Alexandria, separando e catalogando os títulos de diversas formas, como por gênero e ordem alfabética.
Hoje, encaramos essas classificações como práticas comuns, mas, na época, elas foram consideradas ferramentas inovadoras.
4. Não sabemos quem foi o verdadeiro autor da Ilíada e da Odisseia.
Os dois livros se situam em um território fronteiriço entre a oralidade e o novo mundo da palavra escrita.
Com a escassa informação disponível, é impossível esclarecer o mistério de quem foi Homero. Cada pesquisador imagina o seu próprio: um bardo analfabeto, um poeta, um copista ou um editor.
5. O pergaminho nasceu de uma briga.
Uma rixa entre as bibliotecas de Alexandria e Pérgamo causou a interrupção do fornecimento de papiro de um reino a outro.
Para manter a produção de escritos e inventários, Pérgamo aperfeiçoou a antiga técnica oriental de escrever sobre couro e, em referência à cidade, esse novo produto foi chamado de “pergaminho”.
6. Um manuscrito grande podia causar a morte de um rebanho inteiro.
O pergaminho era fabricado com couros de bezerro, ovelha, carneiro ou cabra. Segundo os cálculos do historiador Peter Watson, um livro de 150 páginas exigiria o sacrifício de dez a doze animais.
7. A cópia da cópia da cópia…
Na Biblioteca de Alexandria, existiam muitas obras repetidas de Homero, com alarmantes diferenças entre elas. Na época, as produções eram copiadas à mão por copistas. Em muitas versões, a intenção inicial do autor acabava se perdendo.
8. O primeiro texto assinado no mundo foi de uma autora mulher.
Mil e quinhentos anos antes de Homero, Enheduana, poeta e sacerdotisa, escreveu um conjunto de hinos cujos ecos ainda ressoam nos Salmos da Bíblia. Seus fragmentos foram perdidos e recuperados apenas no século XX.
9. O termo sáfico faz referência a uma poeta grega
Safo, que se relacionava com mulheres, é a única mulher do cânone literário grego — mas não significa que é a única que escrevia na época. Em um de seus poemas mais conhecidos, ela afirma: “Alguém se lembrará de nós.” Quase trinta séculos depois, seus escritos continuam por aqui.
10. Roma copiou abertamente a Grécia.
Os romanos copiaram todos os gêneros da literatura grega: o épico, o lírico, a tragédia, a comédia etc. Como adotaram também as formas métricas de outro idioma, inicialmente seus poemas soavam artificiais. Mesmo assim, os romanos criaram obras que têm destaque até os dias de hoje.
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