Ativista britânica comprova que o machismo é muito mais do que uma questão subjetiva
Os dados, a tecnologia e a ciência são essenciais para ditarmos os rumos da sociedade. Porém, o seu caráter científico esconde um lado perverso: na realidade, a visão dos homens sempre foi considerada como representação das experiências de todos os seres humanos. No que se refere à outra metade da humanidade — as mulheres —, na maior parte das vezes só há o silêncio.
Toda a nossa cultura é permeada por uma falta de representatividade de dados sobre a experiência feminina — e o impacto dessa lacuna é sentido diariamente, e de forma estrutural, por elas.
Em Mulheres invisíveis, a jornalista feminista britânica Caroline Criado Perez propõe uma análise inovadora na abordagem da desigualdade de gênero: apresentar, por meio de uma pesquisa impressionante, a história do que acontece quando as mulheres são ignoradas como parte constituinte da sociedade.
Os exemplos citados pela autora são dos mais variados, desde o design de smartphones até a criação de remédios e de novos meios de tratamento médico: tudo é desenvolvido sem referência às necessidades das mulheres. De que forma isso afeta suas vidas na prática? Quantas mulheres estão morrendo mais, sofrendo mais e enfrentando dificuldades maiores porque a perspectiva universal ainda é masculina?
O livro foi publicado em 2019 e traduzido para trinta idiomas, recebendo no ano de seu lançamento os prêmios Royal Society Science Book, Books Are My Bag Readers Choice e Financial Times Business Book of the Year. Leitura indispensável para entender o preconceito de gênero hoje no mundo, Mulheres invisíveis chega às livrarias em 12 de outubro e a pré-venda já está disponível!
Leia um trecho do livro aqui.
Muito bom obrigada