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5 curiosidades macabras sobre a cirurgia plástica

9 / março / 2023

Você sabia que a cirurgia plástica tem um histórico macabro? Desde enxertos feitos com ossos de cachorro até rinoplastias que mais pareciam transplante de cabelo, muitas técnicas consideradas estranhas foram essenciais para o desenvolvimento e aperfeiçoamento desse ramo popular da medicina. Confira a nossa lista e descubra 5 curiosidades macabras sobre a cirurgia plástica!

#1 Enxertos com ossos de animais

Em 1668, um holandês documentou pela primeira vez o caso de um cirurgião russo que havia reparado um defeito no crânio de um soldado implantando no local um fragmento de osso de cachorro. O soldado foi excomungado depois que a Igreja considerou profana essa prática cirúrgica.

#2 Rinoplastia cabeluda 

Fonte: Stanford.edu

Por volta de 600 a.C., um cirurgião indiano desenvolveu um método de reconstrução nasal cuja versão é usada até hoje. A técnica envolvia cortar um retalho de pele da testa ou da bochecha e prender a extremidade livre ao dorso do nariz. O problema era que, às vezes, o cirurgião transplantava parte do couro cabeludo por acidente, o que fazia com que cabelos nascessem no nariz do paciente.

#3 Mortes na mesa de cirurgia e médicos doidões

Nos primórdios da cirurgia plástica, muitos pacientes morriam por complicações na anestesia. O clorofórmio, um anestésico comum na época, podia causar arritmia cardíaca fatal. Além disso, o éter, outro anestésico comum da época, escapava para o ambiente pela própria expiração do paciente e anestesiava qualquer pessoa ao redor — inclusive os médicos.

#4 Olhos e narizes de prata

Algumas deformidades ultrapassaram a capacidade das cirurgias plásticas. Nesses casos, eram utilizadas máscaras e próteses faciais — olhos, orelhas e narizes esmaltados feitos de prata e ouro. Apesar de incrivelmente realistas, as máscaras davam às pessoas uma expressão e feição congeladas, além de não envelhecer com seu usuário, ficando obsoletas depois de um tempo.

#5 Primeira Guerra Mundial

Devido à guerra de trincheiras, a incidência de lesões faciais era muito alta — o que fez com que a cirurgia plástica entrasse em uma nova era, em que seria possível tentar e testar métodos em uma escala até então inimaginável.

A tarefa de reconstruir o rosto de soldados mutilados na guerra caberia a Harold Gillies, cujo tratamento fornecido às vítimas revolucionaria o campo nascente da cirurgia plástica.

Durante a Primeira Guerra, Gillies inventou o “retalho pediculado tubular”: um retalho de pele costurado na forma de um cilindro, cuja extremidade livre era presa ao local da lesão, o que permitia que os vasos sanguíneos se ajustassem até serem utilizados nos enxertos.

Em pouco tempo, dezenas de soldados nas enfermarias de Gillies tinham tubos que pareciam trombas brotando da testa, das bochechas, do nariz, dos lábios e das orelhas — todos levando consigo a promessa da reconstrução milagrosa de partes cada vez mais díspares do corpo.

A história de um homem visionário que, em meio à guerra, revolucionou a era moderna da cirurgia plástica.

Novo livro de Lindsey Fitzharris, a premiada autora de Medicina dos horrores, O restaurador de rostos conta a incrível história desse homem e dos indivíduos que ganharam uma nova chance sob seus cuidados.


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