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Dia Internacional da Mulher: 6 livros para refletir e se inspirar

7 / março / 2023

Transgressoras. Inspiradoras. Independentes. Corajosas. O Dia Internacional da Mulher, celebrado em 8 de março, é uma data marcada por homenagens e reivindicações por igualdade em todo o mundo. 

Depois de muitos anos sendo jogadas para escanteio, as mulheres têm conquistado um espaço maior dentro da literatura e usado sua voz para expor as dores e as delícias do que é a experiência feminina contemporânea — uma experiência individual e, ao mesmo tempo, universal —, provocando grandes reflexões.  

Nessa data, é importante nos lembrarmos do que conquistamos até o momento, mas sem nos esquecermos do longo caminho que ainda temos a percorrer até que, de fato, tenhamos uma sociedade justa. 

Por isso, as mulheres da Intrínseca indicam livros essenciais para refletir e se inspirar no 8M.

 

Pachinko, de Min Jin Lee

Julia Stallone, Marketing

Pachinko me arrebatou do início ao fim. Acompanhar Sunja, a matriarca da família, por toda a narrativa — de sua adolescência à velhice — foi muito emocionante. Além disso, entender mais sobre a experiência coreana no Japão, a partir da perspectiva de uma mulher, abriu meus olhos para um cenário machista, colonizador e excludente cuja densidade eu desconhecia. É uma leitura que te transforma por inteiro.

Feitiço para coisas perdidas, de Jenna Evans Welch

Suelen Lopes, Editorial Jovem

No novo livro de Jenna Evans Welch, Willow é uma garota determinada a encontrar seu lugar no mundo, mas ainda rodeada de muitas inseguranças. À medida que aprofunda a relação com a mãe ausente e conhece mais as tias-avós bruxas, ela percebe a força do legado feminino de sua família e entende que compartilhar vivências com outras mulheres é um dos caminhos para criar raízes e construir seu verdadeiro lar. Feitiço para coisas perdidas é uma história sensível, apaixonante e repleta de magia sobre encontrar o amor de diferentes formas e também a si mesma.

O Clube do Orgasmo, de Jüne Plã

Helena Mayrink, Editorial Trade

Para mim, falar de liberdade sexual feminina é de uma importância enorme. E O Clube do Orgasmo pode ser um grande aliado nisso. Esse guia inclusivo e bem explícito mostra que a gente não precisa ter vergonha de falar de um assunto tão cotidiano quanto sexo. Acho que uma mulher que conhece seu corpo e o que lhe dá prazer é um testemunho de força.

Os abismos, de Pilar Quintana

Elisa Rosa, Editorial Literário

Ao abordar a relação entre mãe e filha de maneira original e sensível, Pilar Quintana abre espaço para pensarmos sobre as consequências de imposições sociais e tabus com os quais as mulheres se deparam em diferentes momentos da vida. Casamento, maternidade compulsória, depressão, infidelidade: temas debatidos à exaustão, mas que parecem muito longe de estarem superados. O que mais me impressionou nessa história é que, apesar de ela se passar na década de 80 — e, claro, muita coisa mudou de lá para cá —, a sensação é que ainda somos conduzidas por um ideal feminino de beleza e (in)felicidade ligado às celebridades, agora em um sistema, por incrível que pareça, mais invasivo e perverso.

Kim Jiyoung, nascida em 1982, de Cho Nam-Joo 

Beatriz Vianna, Comunicação

Kim Jiyoung, nascida em 1982 é um livro curtinho, mas extremamente poderoso. A trama gira em torno de uma mulher de 33 anos que começa a personificar vozes de outras mulheres após abrir mão da carreira para se dedicar à maternidade. Preocupado, o marido a leva ao psiquiatra. É a partir do relato feito ao médico que Cho Nam-Joo escancara as marcas do machismo estrutural na Coreia do Sul. Ao mesmo tempo, narra experiências que atravessam fronteiras, tornando impossível não nos identificarmos. É um lembrete das nossas privações, mas também de que não estamos sozinhas. Sempre que posso espalho a palavra desse livro, e hoje não seria diferente.

Contra o feminismo branco, de Rafia Zakaria 

Milena Vargas, Editorial Negócios

Contra o feminismo branco é uma ótima pedida para o Dia da Mulher porque nos dá argumentos sólidos sobre a necessidade de repensarmos nossa sociedade — não apenas para combater o patriarcado e o machismo, mas também para trazer as mulheres racializadas para o centro do debate do feminismo e, quem sabe, um dia podermos fugir à lógica colonial em que vivemos.  

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