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Dia Internacional da Mulher: livros que nos fazem refletir 

7 / março / 2024

Não é nada clichê dizer que ser mulher é uma batalha diária contra nossos próprios limites e aqueles aos quais somos expostas todos os dias. E é por isso que o 08 de março — Dia Internacional da Mulher — é, para além de tudo, uma data de reflexão e homenagem a todas as mulheres em suas mais diversas versões. 

Por isso, convidamos as vozes femininas da Intrínseca para compartilhar suas experiências literárias com obras marcantes em suas respectivas trajetórias enquanto mulheres. Celebrando os espaços que já conquistamos e desvendando, juntas, o longo caminho que ainda precisaremos trilhar. Esses livros nos fazem refletir sobre o real significado do Dia Internacional da Mulher.

“Bem-vindos à Livraria Hyunam-dong”, de Hwang Bo-Reum

[Tradução de Jae Hyung Woo]

A trama gira em torno da Yeongju que vive uma realidade muito próxima das mulheres reais: a exaustão feminina. Quantas de nós não se sentiram exatamente como ela, querendo encontrar apenas um respiro no meio do caos e sobrecarga no trabalho e em casa? Uma história que vai nos lembrar que podemos sim seguir novos caminhos e recomeços.”

  • Julia Moura, Marketing

“Três”, de Valérie Perrin

[Tradução de Julia Sobral Campos]

Ao nos apresentar a uma trama que aborda, em essência, as relações humanas e suas singularidades, Valérie Perrin explicita como as mesmas experiências vividas por pessoas de diferentes gêneros podem ter pesos específicos para cada um — especialmente para as mulheres, que geralmente carregam as agonias disso consigo. Seja através da personagem Nina, que precisa lidar com a solidão como consequência de lutar pelo que deseja e não pelo que os outros esperam dela, ou de Virginie, com seu passado enigmático e buscando um futuro de respostas para si mesma, a autora tece uma narrativa repleta de sensibilidade e sororidade.

  • Luiza Miceli, Marketing

“Não nasci para agradar”, de Michelle Quach

[Tradução de Ana Beatriz Omuro]

“Eliza Quan sonha em ser editora do jornal da escola, mas perde o cargo para um garoto menos qualificado só porque ele é homem — o que exemplifica muitas dinâmicas da nossa sociedade. É uma leitura que discute, de forma leve e encantadora, questões como desigualdade de gênero, racismo e desafios enfrentados pelos imigrantes.”

  • Alice Cardoso, Editorial Jovem

“Longe do ninho”, de Daniela Arbex

“Uma das vozes mais importantes do jornalismo e da literatura nacional, Daniela Arbex emprega toda a sua sensibilidade para contar a história de uma das maiores tragédias do futebol brasileiro, essa grande paixão que mexe com tantos corações. Longe do ninho é uma profunda e cuidadosa investigação sobre o incêndio no Ninho do Urubu, o centro de treinamento do Flamengo, que tirou a vida de 10 jogadores da base do clube. O relato jornalístico, potente por si só e que joga luz sobre um desastre que poderia ter sido evitado, ganha ainda mais amplitude sob o olhar empático da autora, que se solidariza com os pais — e sobretudo as mães — que viram seu ninho ficar para sempre vazio.”

  • Mariana Bard, Editorial Literário

“Kim Jiyoung, nascida em 1982”, de Cho Nam-Joo

[Tradução de Alessandra Esteche]

Kim Jiyoung, nascida em 1982 oferece um panorama da vida de diferentes gerações através da protagonista, que começa a personificar vozes de outras mulheres após abrir mão da carreira para se dedicar à maternidade. Uma narrativa ambientada na Coreia do Sul, mas com relatos tão universais da experiência feminina na contemporaneidade que poderia se passar no Brasil, na Inglaterra, na Angola ou na Antártica. 

Ler Kim Jiyoung, nascida em 1982 é lembrar a cada página das diversas injustiças que sofremos no dia a dia. Porém, também é um lembrete de que não estamos sozinhas, de que nossos incômodos são válidos, e que temos pessoas ao nosso lado prontas para lutar conosco.”

  • Taila Lima, Marketing

“Pachinko”, de Min Jin Lee

[Tradução de Marina Vargas]

“É impossível terminar a leitura de Pachinko indiferente, sem sentir nada. A história da matriarca Sunja, uma das personagens mais complexas que eu já li, nos transforma por inteiro. É de emocionar qualquer um.”

  • Julia Stallone, Marketing

“Mika na vida real”, de Emiko Jean

[Tradução de Mayumi Aibe]

“É muito fácil se identificar com a Mika. Assim como todas nós, ela é uma mulher imperfeita, tentando entender qual o seu lugar no mundo. 

Ler a história da Mika é como ler a história de uma amiga próxima que, apesar de todas as dificuldades que a vida lhe impõe, vai aprendendo aos poucos como lidar com seus traumas e nos mostrando que a força da mulher também está na vulnerabilidade.

Com seus erros e acertos, qualidades e defeitos, Mika é uma personagem complexa, que apresenta todas as nuances do que é ser uma jovem mulher enfrentando o mundo sozinha.”

  • Beatriz Ramalho, Editorial Trade

“Os perigos de fumar na cama”, de Mariana Enriquez

[Tradução de Elisa Menezes]

“Muitas personagens femininas de Mariana Enriquez são retratadas de um ponto de vista mágico (mulheres possuídas, médiuns, fantasmas, bruxas, rezadeiras) em um ambiente altamente conectado com a realidade dos centros urbanos na América Latina, onde as pequenas e grandes violências nunca podem ser descartadas. Ao criar um universo tão fantástico quanto a própria realidade, Mariana Enriquez, uma das vozes literárias mais originais do momento, nos faz refletir sobre os comportamentos e saberes humanos ligados à figura feminina que fomos ensinadas a achar ruins.”

  • Elisa Rosa, Editorial Literário

“Um traço até você”, de Olivia Pilar

“É impossível não se emocionar com Um traço até você. As dores da Lina e da Elza parecem nossas. Para encontrar um lugar no mundo, as duas enfrentam uma sociedade que sempre espera pouco de nós, mulheres, e menos ainda das mulheres pretas. Você vai rir, chorar, sorrir e até cantar ao descobrir com elas que somos as narradoras da nossa própria história.”

  • Suelen Lopes, Editorial Jovem

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