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Como a torcida do Flamengo mantém viva a memória dos Garotos do Ninho

7 / junho / 2024

De diferentes formas, a Nação Rubro-Negra trabalha para garantir que os meninos, suas histórias e o incêndio não sejam esquecidos

A torcida mantém viva a memória dos Garotos do Ninho

Em 8 de fevereiro de 2019, dez meninos da base do Flamengo morreram em um incêndio no Ninho do Urubu, centro de treinamento do clube. Até hoje, o caso continua sem responsabilização. Para homenageá-los, a cada jogo no Maracanã a torcida ecoa a música “Dez estrelas a brilhar”, um hino dedicado a esses atletas. 

Gabriel Eleno Conceição compôs a letra em parceria com os amigos Leandro Canavarro e Coxa logo após a fatalidade, e ganhou o coração dos rubro-negros. Confira um trecho da música, cantada sempre aos 10 minutos de jogo:

Ah! Como eu queria ter vocês aqui

Honrando o manto do Mengão

Com raça e paixão!

Mas essa Nação jamais vai esquecer

O Flamengo vai jogar

Pra sempre por vocês!

Ô, olê, olê, olê, olê, olê

São dez estrelas a brilhar

No céu do meu Mengão

Outra ação da torcida partiu do coletivo Flamengo da Gente (FdG). O grupo transformou parte do muro da avenida Rei Pelé, no Rio, em um memorial a céu aberto. 

O artista urbano Airá Ocrespo assina o mural de 60 m². 

Gedson, Pablo e Samuel, três dos Garotos do Ninho

No dia 8 de fevereiro de 2020, um ano depois da tragédia, o time profissional do Flamengo enfrentou o Madureira no Maracanã. 

Antes do início da partida, integrantes do Flamengo da Gente ergueram um varal de uniformes com o nome dos jogadores mortos do lado de fora do estádio. Eles repetiram o ato em frente ao Ninho do Urubu, ao prédio do Ministério Público e à sede da 42ª Delegacia de Polícia Civil, responsável pela apuração do caso.

O maior sonho dos Garotos do Ninho era jogar no Maracanã, famoso templo do futebol. Andreia, mãe de uma das vítimas, sempre imaginou o momento em que o filho entraria para seu primeiro jogo. 

O sonho dele era ouvir a torcida do Flamengo gritando seu nome. Quando isso aconteceu, o jogador não estava mais ali. 

Assim como a torcida do Flamengo, Daniela Arbex também constrói a memória coletiva dos garotos em Longe do ninho. A obra é uma reportagem investigativa sensível que busca garantir que a história jamais seja esquecida.

Longe do ninho mantém viva a memória dos Garotos do Ninho

A autora reúne laudos técnicos, trocas de mensagens e dados até então não divulgados. Além disso, conta também com entrevistas com todas as famílias dos dez jovens, sobreviventes e profissionais da perícia criminal e do IML, para apresentar uma obra que revive uma das maiores tragédias recentes do futebol brasileiro. 


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