Atenção para o sexto desafio. *
“— De qualquer forma, conquistar o Leo passou a ser meu objetivo de vida. Beijar o Leo. Casar com ele. Não sei explicar por quê, mas foi assim.
— E você conseguiu.
— Consegui. E ele é uma pessoa diferente agora. Quer dizer, a gente tinha 8 anos. A gente era criancinha. Ele é um doce agora. Ele me protege e tudo mais.
— …
— …
— Alguma vez você já se perguntou se as pessoas gostariam mais ou menos de você se pudessem vê-la por dentro? Tipo, eu sempre achei que as meninas terminavam comigo logo que começavam a ver como eu sou por dentro… Bem, todas menos a Piper. Mas sempre me pergunto isso. Se pudessem me ver do jeito que eu me vejo, se pudessem viver nos meus pensamentos, será que alguém, qualquer pessoa, me amaria?
— Bom, ele não me ama agora. Tem dois anos que a gente namora e ele nunca disse que me amava, nem uma vezinha. Mas com certeza não ia me amar se pudesse me ver por dentro. Porque ele é muito verdadeiro com tudo. Tipo, cê pode dizer um monte de merda sobre o Leo, mas ele é totalmente genuíno. Vai trabalhar naquela fábrica a vida inteirinha e vai ter os mesmos amigos, e ele é muito feliz mesmo assim. Ele acha que isso tudo é importante. Mas se ele soubesse…
— O quê? Termine a frase.
— Eu sou uma bosta de fraude. Nunca sou eu mesma. Eu falo do jeito caipira do sul quando tô com os velhotes; sou uma nerd pra falar de gráficos e pensamentos profundos quando tô com você; sou a Miss Princesa Bonitinha e Animadinha com o Leo. Eu não sou nada. O problema de levar uma vida de camaleoa é que chega um ponto em que nada é verdadeiro. Seu problema é… como foi que cê disse mesmo… que cê não é
significativo?
— Sem importância. Eu não sou importante.
— Certo, importante. Bem, mas pelo menos cê consegue chegar a perceber que não é importante. As coisas procê, pro Leo, pro Frank e pro treinador Hedge são verdadeiras ou não são verdadeiras. Hedge é todo animadinho. Leo é hilário. Mas eu não sou assim. Eu sou o que eu preciso ser, a hora que for, pra sair do chão mas ficar fora do alcance do radar. A única frase que começa com “eu” e que é verdadeira pra mim é Eu sou uma fraude.”
*Aviso das Parcas: esta paródia é uma criação própria da Editora Intrínseca, não comercializável e que não poderá ser utilizada após o concurso cultural “Desafio A Casa de Hades”.
Confira o regulamento: http://www.intrinseca.com.br/blogdasseries/2013/10/desafio-a-casa-de-hades/
CIDADES DE PAPEL
O Teorema Katherine
Cidade de papel
Que você é o filho de poseidon ele não faria isso e que ce não é inteligente sei lá e quando sai o resultado ?