Ficção e realidade que se confundem

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Eu passo boa parte dos meus dias inventando coisas. Histórias, gentes. O Erico Verissimo dizia que se espantava por se preocupar tanto com “histórias inventadas sobre gente que nunca existiu”. Sofro deste mesmo problema, que também é um alívio. Sobre as gentes inventadas, eu deposito os meus medos, os meus anseios, as minhas lágrimas. Ou não… Às vezes, aproveito para viver na ficção coisas que jamais viveria na realidade, ou — e isso é mais comum — tento resolver no plano da ficção os meus problemas reais.

Em Navegue a lágrima, a editora Heloísa também faz isso: depois de perder o amor de sua vida, ela vai embora para uma cidade litorânea, instalando-se numa casa à beira-mar cujos donos anteriores chegara a conhecer. Laura Berman, a antiga proprietária, é uma escritora que, em determinado momento, manteve relações profissionais com Heloísa. Sobre as pegadas de Laura Berman, seu marido, Leon, e seus filhos, Heloísa reconstroí a história de um amor que brotou e vingou entre livros, e, navegando nas águas da fantasia e do mistério — será que Heloísa realmente encontra os Berman naquela casa, como se eles, de alguma forma, nunca tivessem saído dali? — ela se salva de sua própria tragédia.

Reinventando a história de uma escritora cuja vida mal conheceu, Heloísa descobre, na escrita, um caminho de fuga e de redenção pessoal. Assim, a escritora vira personagem, a editora vira escritora — e tudo se mistura, passado e presente, verão e inverno, dias e noites de amor e de lágrimas, formando o grande panorama da existência de duas mulheres corajosas que mal se conheceram, mas que acabaram unidas pelo fio da ficção.

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Uma resposta

  1. Heloísa Pinheiro disse:

    Passei uma tarde maravilhosa na companhia deste livro. A história é bela e delicada e a escrita é muito agradável.

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