Algumas vezes é preciso par-AR para respirar novas palavras, novos poemas, novas sílabas e até, quem sabe, uma prosa quentinha, temperada com novos ares aromáticos.
Uma pausa pode também mudar de cara, antes de mudar de ares. E por isso estou agora mergulhada em um oceano profundo de novidades: um novo livro está vindo ao mundo e o pré-natal é exigente. Porque o nascimento dessa espécie é sempre uma gravidez de risco. Óbvio, lógico. A poesia só nasce dos riscos, ela detesta monotonias. Monocromatismos. Monoqualquercoisa. Seus significados são sempre pluralíssimos! Graças a Deus.
Por isso esta coluna querida, na qual escrevo sempre uns devaneios loucos, vai dar uma pausa por um tempo. Breve tempo, claro. Para que o pré-natal do novo livro seja feito com todos os novos ares necessários, mesmo estando mergulhado em um oceano profundo. Será que dá para me entender? Se sim, me escreva por obséquio. Venho me esforçando para atingir tal feito, o da autocompreensão. E uma mãozinha viria a calhar. Ou a calar. Nunca se sabe.
Porém, contudo, todavia, não consigo calar de vez. Uma poesia, um desenho, um sinal de fumaça, vai passar por aqui quinzenalmente. Viva! E vocês também me acompanharão em umas idas ao médico do meu pré-natal: um ultrassom aqui e ali. Compartilharei um pouco desse processo, das primeiras feições do livro que vem. As novidades, as angústias, quem sabe. As madrugadas, com certeza. As palavras temperadas. Todo mundo junto, família reunida, como as coisas devem ser. E vamos em frente.
Vamos em frente! Mal posso esperar por esse novo livro! Tenho certeza que será tão maravilhoso quanto o primeiro, porque vindo de ti não poderia esperar outra coisa.
De entrada, eu já estou por esperar esse pequeno/Grandioso.
Diferente do seu primeiro livro, sobre quatro fases, encantador mas… Nele, o senti falta, um mais, pois eu quando terminei de ler o livro, senti um vazio, queria ter mais, me sentir mergulhado sem essa fome de busca, foi como li num livro que ao escrever a autora derramava todo o sentimento, se pranto ou alento, se raiva, se medo ou desespero e quando terminava ela queria ter todo aquele sentimento de volta, mas já fora escrito o papel não iria devolver a dor, a raiva, o pranto com que ela escreveu, mas estava ali em suas mãos. ” Foi o tempo que dedicastes a tua rosa
que fez tua rosa
tão importante! ” – O pequeno Príncipe
S A U D A D E.