teste4 séries para um Dia da Toalha incrível

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Duas semanas após o falecimento de Douglas Adams, autor de O guia do mochileiro das galáxias, fãs da aclamada série de livros propuseram uma data para celebrar seu autor. No espírito da saga, decidiram que 25 de maio seria chamado de Dia da Toalha, já que no guia é explicado o papel fundamental das toalhas para a sobrevivência de um mochileiro.

Ao longo dos anos, a data foi se tornando cada vez mais relevante e, graças a uma coincidência digna de um Gerador de Improbabilidade Infinita (entendedores entenderão), marca também o aniversário da estreia de Uma nova esperança, primeiro dos filmes da série Star Wars. Com isso, a data passou a agregar toda e qualquer celebração nerd, e, para aproveitar o espírito da ocasião, separamos quatro séries que nossos leitores mais nerds precisam conhecer.

Silo

No futuro, em que poucos tiveram o azar de sobreviver, uma comunidade resiste em um gigantesco silo subterrâneo. Mulheres e homens vivem enclausurados, sob regulamentos estritos, cercados por segredos e mentiras. Aqueles que ousam sonhar e ter esperanças são condenados a uma punição simples e eficiente: serem levados para o lado de fora, onde a paisagem destruída se tornou hostil. Juliette é uma dessas pessoas. E talvez seja a última.

O terceiro livro da série Silo será lançado no segundo semestre de 2016!

A Roda do Tempo

A ideia de ler 14 livros de 800 páginas em média pode espantar o menos astuto dos leitores, mas, apesar de longa, a história é bem construída e acompanha diversas fases da vida de personagens em um épico de fantasia medieval.

Ambientada em um universo em que o tempo se desenvolve através de ciclos, a série acompanha o jovem Rand al’Thor, que é obrigado a abandonar sua vida pacata para fugir de um ataque de bestas. A partir daí, Rand descobre mais sobre a lenda do Dragão Renascido — aquele que poderá salvar ou destruir o mundo — e sobre como fazer parte dessa história.

Além do quinto livro, anunciado para o segundo semestre de 2016, os leitores têm mais o que aguardar ansiosos: a viúva do autor Robert Jordan anunciou que os direitos de produção de uma série inspirada em A Roda do Tempo foram adquiridos por uma produtora.

Magnus Chase e os deuses de Asgard

O mais nerd dos semideuses de Rick Riordan, Magnus Chase é fã inveterado de Doctor Who e, durante o período em que viveu na rua, invadia bibliotecas para poder acessar a internet e ler diversos livros. Além de seus gostos peculiares, a série mostra como até mesmo deuses nórdicos podem ser viciados em séries e Netflix. Mais nerd que isso, impossível.

O segundo volume será lançado ainda em 2016.

Comando Sul

A próxima grande aposta cinematográfica baseada em séries de ficção científica, a trilogia Comando Sul conta a exploração de uma região inóspita do mundo conhecida apenas como Área X. Alternando pontos de vista e com elementos de horror, a série chegará aos cinemas em 2017, estrelada por Natalie Portman.

 

Para aqueles que ainda não conhecem o Snapchat da Intrínseca, tivemos um programa especial sobre as quatro séries. Para não perder as novidades, é só adicionar o perfil da editora: ed.intrinseca.

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testeTED Talks e as boas ideias disseminadas pelo mundo

Janet Echelman on stage at TED2014, Session One - Liftoff! - The Next Chapter, March 17-21, 2014, Vancouver Convention Center, Vancouver, Canada. Photo: Ryan Lash/TED

Janet Echelman on stage at TED2014, Session One – Liftoff! – The Next Chapter, March 17-21, 2014, Vancouver Convention Center, Vancouver, Canada. Photo: Ryan Lash/TED

Despertar a atenção de uma plateia em um mundo cheio de informações é uma tarefa difícil. Conseguir falar de forma clara e autêntica, gerando empatia e até convencendo as pessoas em poucos minutos, é mais complicado ainda. Contudo, as conferências promovidas pelo TED Talks têm mostrado que as palestras podem, sim, emocionar e mudar a vida de pessoas de diferentes culturas e países.

O TED Talks começou como um ciclo de conferências anual, com apresentações sobre Tecnologia, Entretenimento e Design. Mas, nos últimos anos, o programa se expandiu e passou a promover palestras de qualquer assunto de interesse público. Sexto sentido, criatividade, economia, feminismo, arquitetura e literatura são apenas alguns exemplos dos temas já abordados nos eventos. Transmitidas ao vivo e disponibilizadas na internet, as conferências do TED se tornaram um fenômeno e contabilizam mais de um bilhão de visualizações por ano.

Mas como explicar tamanho sucesso? Seguindo o conceito de que boas ideias merecem ser espalhadas, a organização compartilha as experiências de vida e o conhecimento de personalidades que vão desde Steve Jobs, Bill Clinton, Bono Vox e Stephen Hawking a pessoas comuns em apresentações curtas. Chris Anderson, presidente e curador da organização, acredita que qualquer um tem algo único a ser dito, só precisa encontrar a melhor maneira de compartilhá-lo.

Chris Anderson, autor de TED Talks: O guia oficial do TED para falar em público, diz também que muitas das melhores conferências do ciclo se baseiam apenas em histórias pessoais e lições simples. No livro, recém-lançado no Brasil, ele mostra os bastidores dessas palestras importantes, fala um pouco sobre a história da organização e divide ainda dicas de como preparar roteiro, não cair em armadilhas e organizar apresentações inesquecíveis.

Confira algumas das conferências mais assistidas do TED Talks:

testeA caligrafia na era digital

 

e92a4fd1-f9a7-4197-8bc2-61000ce48eabUltimamente, tenho notado o constante surgimento de novas páginas nas redes sociais voltadas à poesia visual. Gostaria de evidenciar que falo aqui exclusivamente das páginas com conteúdo autoral, e não daquelas que buscam simplesmente colecionar likes ou contabilizar compartilhamentos. Reforço ainda que é possível, sim, ter muitos leitores e apresentar conteúdo de qualidade. Mas, para isso, deve-se primeiro criar algo que faça sentido para você e depois dividir esse sentimento honesto com o mundo. Caso contrário, você estará contribuindo apenas para colocar todos os poetas que surgem na internet no mesmo saco. Ou melhor, no mesmo dislike. Isso faz mal à poesia.

Por causa de páginas com frases soltas, pensamentos aleatórios, imagens escolhidas gratuitamente, sem propósito algum, todas as criações que ganham espaço no ambiente virtual acabam sendo chamadas pejorativamente de poesia fast-food. Particularmente, tenho dificuldade em engolir esse rótulo e acredito que um verso curto precisa de mais tempo para ser digerido do que um poema tradicional. Para se expandir, um sentimento condensado precisa muito mais da imaginação atenta do leitor do que qualquer outra manifestação escrita. Uma ideia reduzida engrandece o espaço para incontáveis interpretações.

Dentro dessa onda, há os que querem somente o aval do polegar erguido ao céu — e não os culpo por isso; todos devem seguir o que acreditam —, e também os que usam a internet como ferramenta para apresentar um trabalho conceitual, autoral e consistente. E é nesses que devemos nos concentrar. Um ponto em comum é que boa parte dessa nova geração, mesmo resultante de uma era digital, ainda tem uma preocupação em valorizar a palavra escrita: a caligrafia. Não que a palavra escrita tenha um peso ou um valor superior ao de uma palavra digitada. Tenho percebido que esses artistas estão usando a própria caligrafia ou valorizando alguma fonte já existente para apresentar suas criações. Isso é lindo. Num mundo onde as pessoas parecem cada vez mais perdidas, sem rumo, sem identidade própria, encontrar poemas, versos e desenhos feitos à mão é um respiro de esperança.

A caligrafia é sua personalidade. A caligrafia é você em forma de palavra. Se você pedir para cem pessoas digitarem a palavra AMOR, terá um amor padronizado: com a mesma fonte, o mesmo corpo. Faltará sempre uma alma! Agora, se pedir que essas mesmas pessoas escrevam essa mesma palavra à mão, terá cem amores diferentes. Cada uma terá seu próprio amor. Não que uma ame mais que a outra, mas, sem dúvida, escrever à mão a palavra amor mostra quanto se colocou de personalidade (alma!) naquele amor. A Liberdade manuscrita parece ser mais livre do que a liberdade digitada. A Esperança manuscrita parece esperar mais do que a esperança digitada. A Coragem manuscrita parece sentir menos medo do que a coragem digitada. A Poesia manuscrita parece domar melhor nossos gritos do que a poesia digitada. O Silêncio manuscrito parece dizer mais do que o silêncio digitado.

Tenho muito medo de que as pessoas não percebam a importância de um simples lápis e passem uma vida inteira sem ousar desafiar uma página em branco com as próprias mãos. Não estou dizendo que a tecnologia seja um atraso. Longe disso. (Sem ela, eu não estaria digitando este texto.)  Mas acredito que podemos juntar o analógico e o digital com criatividade e dar origem a algo realmente nosso. Então, prezado leitor, prezada leitora, use a tinta de sua história e escreva um poema, uma carta, um verso ou uma simples lista de compras. Mas, por favor, me dê sua palavra: use sua letra.

testeO jovem soldado cientista

Por Vanessa Corrêa* 

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Formadas pela oscilação simultânea de um campo elétrico e de um campo magnético perpendiculares entre si, ondas de rádio são propagadas por uma antena e viajam à velocidade da luz no vácuo. Como em um passe de mágica, são ondas capazes de transportar por longas distâncias as mais diferentes mensagens, informando, entretendo e emocionando pessoas com vidas totalmente diversas. Mas essas mesmas ondas também são capazes de conduzir mensagens de ódio, viabilizar uma guerra, salvar uma vida ou provocar o fim de muitas outras.

Para o adolescente alemão Werner Pfennig, a descoberta milagrosa de um velho rádio coincide com a descoberta do conhecimento. Por meio de um aparelho rudimentar encontrado atrás de um galpão, Werner e sua irmã, Jutta, entram em contato com a ciência, a música e a arte e ampliam seu mundo para além da cinzenta cidade de Zollverein e de suas minas ameaçadoras, que causaram a morte do seu pai.

blog211319Levados pelas ondas do rádio, eles chegam a Londres, a Roma e à Hungria. Mas são conduzidos para seu destino preferido por meio da voz suave de um francês, que lhes ensina sobre o funcionamento do cérebro, o alcance da luz, o Polo Norte e as criaturas marinhas. A partir das lições desse professor, Werner é levado para a pequena Saint-Malo, no norte da França, sem imaginar que as muralhas da cidade francesa acabariam servindo de cenário para acontecimentos decisivos em sua vida.

Fascinado pelo rádio e por seu poder de comunicação, Werner descobre o lado nefasto desse aparelho da pior forma possível. O adolescente tem um talento excepcional para lidar com baterias, circuitos e todos os demais mecanismos que compõem um rádio e encontra nessa habilidade sua chance de deixar Zollverein. Seu talento o leva à escola de recrutas de Schulpforta, onde aos poucos irá perceber todo o horror que envolve a ideologia nazista e o preço que terá que pagar se quiser sobreviver nesse sistema.Werner, que sonhava em estudar com grandes cientistas em Berlim, percebe que o conhecimento é uma ferramenta muito mais poderosa do que imaginava e que, em tempos de guerra, é capaz de determinar a morte ou a sobrevivência de um povo. Em Toda luz que não podemos ver acompanhamos a transformação de Werner Pfennig de um adolescente habilidoso e inteligente em um jovem soldado engolido pela máquina da guerra, em busca de um último ato de redenção.

Vanessa Corrêa é jornalista, já trabalhou na Folha de S.Paulo e no portal UOL e é apaixonada por livros, cinema e fotografia.

testeOs Guinle não salvarão o Rio de Janeiro

O Palácio Laranjeiras, no Rio de Janeiro (fonte)

O Palácio Laranjeiras, no Rio de Janeiro (fonte)

Mergulhado em grave crise financeira, o estado do Rio de Janeiro busca uma saída, por isso a Comissão de Orçamento da Assembleia Legislativa (Alerj) acaba de propor uma série de medidas de recuperação financeira. Em audiência pública, entre outras propostas, a comissão sugeriu a venda do palácio Laranjeiras e da ilha de Brocoió, dois legados da família Guinle.

Segundo a imprensa, a mansão na ilha, no meio da baía de Guanabara, tem um custo fixo de 180 mil reais por ano. Apenas para sua manutenção, são utilizados cinco funcionários públicos, mais limpeza, segurança, água e luz. Em 2015, uma reforma custou 1 milhão de reais. É, sem dúvida, muito dinheiro do contribuinte fluminense gasto em um imóvel sem uso.

Já o Laranjeiras, localizado no Parque Guinle, Zona Sul da cidade, consumirá, em 2016, apenas com a reforma da pérgula e da área da piscina, 2,4 milhões de reais. Desde o início da reforma, em 2012, já foram gastos quase 4 milhões de reais, bancados por treze empresas em troca de benefícios fiscais. Assim como Brocoió, o palácio não é usado nem é aberto à visitação.

A venda dos dois imóveis não aliviaria a crise financeira do estado, pois o rombo está estimado, para 2017, em 15 bilhões de reais. Mas talvez fosse interessante pensar em uma forma, privatizada ou não, de torná-los autossustentáveis.

Não faz sentido o Rio de Janeiro seguir subutilizando duas joias da nossa arquitetura. Tanto o palacete de Brocoió quanto o de Laranjeiras poderiam estar inseridos no circuito turístico da cidade. Seria uma forma de economizar, criar emprego e gerar renda valorizando o nosso patrimônio histórico.

testeSobre o amor

Recentemente, fui curadora da TAG — uma espécie de Clube do Livro mais moderno e orgânico, que vale conhecer — e indiquei como título do mês o livro Stoner, do autor americano John Williams.

Como todo bom livro, Stoner ainda segue retumbando em mim. Volta e meia penso nele, e foi assim que preparei meu papo com a turma da TAG, em que os leitores debatem a leitura do mês. Entre dezenas de belos momentos, talvez ancorada na minha própria vida e nas suas questões, escolhi ler um trecho em voz alta que, acho eu, é de uma sabedoria absoluta. Fala do amor, essa chama, esse refúgio, esse sonho com que todos sonhamos e que, pela dificuldade de ser levado adiante, acaba por ser uma das grandes questões humanas.

Disse o narrador: “Na sua mocidade, Stoner imaginara o amor como um estado absoluto do ser ao qual uma pessoa, se tivesse sorte, podia aceder um dia; na idade adulta, decidira que era o paraíso de uma falsa religião, que uma pessoa devia encarar como uma divertida incredulidade, um suave desprezo familiar e uma nostalgia embaraçada. Agora, na meia-idade, começava a perceber que não era nem um estado de graça nem uma ilusão; via-o como um ato humano de transformação, uma condição que era inventada e alterada de momento para momento, de dia para dia, por meio da vontade, da inteligência e do coração.”

Não existe amor sem vontade, sem dedicação e sem o esforço contínuo da vontade, da inteligência e do coração. Quando um desses três pilares esmorece, sofre o amor — sofremos todos nós, sujeitos conjugadores desse amor.

Copiei esse trecho da prosa de John Williams e colei no meu armário para que eu possa lê-lo todos os dias e nunca mais esquecê-lo. Stoner não é um livro sobre o amor. Talvez seja um pouco sobre a solidão, o contraponto do amor conjugado — embora alguns amores possam ser bastante solitários também. Stoner, como muitos bons romances, é um livro sobre tudo. Mas esse trecho é um mantra ancorado na maturidade — o amor é um ato humano de transformação. Se isso não for bonito, sinceramente, não entendo nada de beleza.

 

PS: Eu estava em casa numa noite dessas e uma amiga querida lá de Pelotas, que aqui no Sul preferimos chamar afetuosamente de Satolep, me manda por WhatsApp um trecho de Stoner que a fez se lembrar de mim. Bem, vocês já sabem qual é… Afinal, toda amizade é mesmo um tipo de amor muito especial.

testeMapas afetivos de Buenos Aires, parte 2

Buenos Aires é não só cenário, mas também personagem do meu livro. Por isso foi importante escolher a dedo os locais onde se passam as histórias. Aqui, a segunda parte do meu guia particular da cidade que inspirou O amor segundo Buenos Aires.

 

1. Orquestra El Afronte

Em frente à Igreja Nossa Senhora de Belém, em San Telmo

Quem já visitou a feira de antiguidades de San Telmo em seu dia mais movimentado, o domingo, provavelmente já se deparou com a orquestra que dá um toque moderno às tradicionais músicas argentinas. Minha recomendação é fazer como Hugo, personagem central de O amor segundo Buenos Aires: prestar atenção ao que dizem as canções e se deixar levar por elas (uma gorjeta na canequinha é fundamental para fomentar a sobrevivência dos artistas). De quebra, o tango ainda embala os casais que dançam em uma esquina próxima, também em troca de um dinheirinho.

 

2. Manzana de las Luces

Esquina das ruas Perú e Moreno

O local onde Hugo finalmente redescobre que o amor é – apesar de tudo – sempre possível pode ser uma boa pedida para aprender um pouco mais sobre as origens de Buenos Aires. A Manzana de las Luces é um conjunto de galerias subterrâneas que começou a ser construído no século XVIII como um atalho em direção às igrejas do Centro. A visita guiada tem um pequeno custo, mas é bastante informativa. O mais interessante é conhecer um pouco desses labirintos sob a terra, que acabaram ligando os principais pontos da capital argentina, com saídas para o rio da Prata. Gosto de pensar que muitas das delícias vindas da Europa, degustadas pelos milionários no auge econômico da cidade, chegavam clandestinamente por essas passagens secretas.

 

3. Milonga de La Glorieta

Barrancas de Belgrano

Os espetáculos de tango da avenida 9 de Julho, superproduções no estilo Broadway (mas nem tanto…), nunca me atraíram. Acho o tango tão bonito e tão complicado que para mim é quase impensável que pessoas comuns possam dançá-lo. Assim como Martín e Carolina, muitos casais da região de Belgrano arriscam os primeiros passos na milonga de La Glorieta, realizada em um coreto no meio de uma grande praça. Há mulheres e homens que vêm sozinhos – e os pares acabam se formando ali mesmo, com toda a naturalidade. As milongas acontecem no finzinho da tarde. As luzes azuladas que se acendem quando a noite cai dão um toque especial à experiência.

 

4. Lumio Café y Delicias

Carlos Calvo, esquina com Bolívar, em San Telmo

O Lumio é um café pequenino, apertado, mas que eu faço questão de visitar sempre que vou a Buenos Aires – fica bem ao lado do mercado municipal de San Telmo, também parada obrigatória. Misto de café arrumadinho de Paris com lojinha de artesanato, o Lumio serve uma variedade incrível de cafés (o melhor é o cappuccino de doce de leite, que nunca esqueço). Dá para fazer como Leonor, uma das personagens centrais de O amor segundo Buenos Aires: usar as mesas de um lugar tão agradável para pensar no sentido da vida.

 

5. Confeitaria Ideal

Suipacha, 384

Essa confeitaria bem próxima à avenida 9 de Julho talvez seja um dos locais que melhor definam Buenos Aires. A atmosfera suntuosa – móveis em madeira de lei, lustres e grandes espelhos – contrasta com o jeito decadente do lugar. Parece que todas as glórias da Ideal ficaram no passado, mas, ainda assim, ela se mantém ali, ereta, como uma senhora de roupas de grife puídas que ostenta na garganta a única joia que sobrou da herança da família. A confeitaria, nos fins de tarde, abriga aulas de tango para novatos. Por um preço modesto, dá para fazer como Marta – outra personagem do livro – e arriscar um ou dois passinhos.

testeMúsicas para Apolo

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Como você monta uma trilha sonora para o deus da música? Com músicas incríveis, é claro!

Ao longo de O oráculo oculto, primeiro livro da série As provações de Apolo, Rick Riordan nos apresenta algumas das músicas favoritas do (ex) deus Apolo. Entre clássicos do rock, como Beatles e Led Zeppelin, passando por bandas mais recentes como Alabama Shakes, a divindade musical gosta um pouco de tudo, e sua playlist reflete isso muito bem.

No entanto, fomos além e, para completar a trilha, pedimos ajuda aos semideuses. Com as respostas nas redes sociais, montamos uma lista que fizesse jus ao deus Apolo e à sua jornada pelo mundo dos mortais como o adolescente Lester Papadopoulos.

Ouça a playlist abaixo, ou no Spotify.

testeAs oito melhores cenas de despedida do cinema

Há pouco mais de um ano venho escrevendo uma coluna semanal aqui no blog da Intrínseca. Foram 45 textos com reflexões sobre vida, música, cinema e literatura. Adoro fazer isso; é um canal a mais para manter contato com os leitores e falar sobre coisas nas quais acredito. Mas precisarei dar um tempo, pois estou na fase final de escrita do novo romance e, além de o tempo ser curto, a necessidade de foco tem sido cada vez maior. Espero voltar em breve. Aproveito para adiantar que o novo livro está ficando intenso, com boas reviravoltas e surpresas. Uma trama até certo ponto diferente das que já escrevi e com elementos que eu nunca havia utilizado. Estou empolgado.

Ao longo do último ano, algumas colunas de listas que publiquei me deram grande prazer, pois permitiram revisitar o tema do Surpreendente!. Falar de cinema é sempre uma alegria. Então, inspirado pelo clima desta breve despedida da coluna, trago hoje minha lista das oito melhores cenas de despedida do cinema.

1) A morte de Marley, em Marley e eu

 

2) A despedida entre ET e Elliot, em ET – o extraterrestre, em que o primeiro diz “Vem” e o segundo diz “Fica”

 

3) O menino gritando para o pai boxeador, em O campeão. Lembro-me de ter saído completamente arrasado do cinema

 

4) Uma despedida sem palavras em As pontes de Madison

 

5) Aquele “Freedom!” matador, em Coração valente

 

6) Rose deixando Jack, para que o amor entre os dois fosse eterno como o navio no fundo do mar, em Titanic

 

7) “Você precisa vencer”, na despedida entre Rue e Katniss, em Jogos vorazes

 

8) O singelo adeus de Guido a Giosuè, com um leve piscar de olhos e uma doce palhaçada, em A vida é bela

testeTrecho exclusivo de Loney, aclamada obra de suspense e terror

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Stephen King definiu Loney como uma extraordinária obra de ficção. Josh Malerman, autor de Caixa de pássaros, declarou que é um dos seus livros favoritos, daqueles sobre o qual não consegue parar de falar. E, além dos elogios dos aclamados escritores, Loney vem conquistando milhares de leitores pelo mundo.

Vencedor do Costa Book Award 2015 na categoria de autor estreante e eleito livro do ano pelo British Book Awards, Loney apresenta uma história de suspense e horror gótico. Com um cenário sombrio e a sensação de ameaça constante, Andrew Michael Hurley buscou inspiração na sua criação católica, no folclore e na paisagem inóspita do noroeste inglês.

A obra chega às livrarias a partir de 10 de junho.

Leia um trecho exclusivo:

“Sem dúvida tinha sido um fim tempestuoso para o outono. Em Heath, um vendaval havia arruinado o glorioso esplendor de cores de Kenwood a Parliament Hill em questão de horas, deixando um rastro de carvalhos velhos e faias
mortas. Seguiram-se a névoa e o silêncio, e depois, após alguns dias, restou somente o cheiro de podridão e fogueiras.

Certa tarde, passei tanto tempo lá com meu caderno anotando tudo que tinha vindo abaixo que perdi a minha sessão com o dr. Baxter. Ele disse para eu não me preocupar. Nem com a consulta nem com as árvores. Tanto ele como a natureza se recuperariam. As coisas nunca eram tão ruins quanto pareciam ser.

Creio que ele tinha razão em certo sentido. A punição até que não fora tão severa. No norte, linhas férreas ficaram submersas e vilarejos inteiros foram alagados com a água barrenta dos rios. Havia fotografias de gente tirando água de suas salas de estar, gado morto boiando em uma avenida radial. Depois, mais recentemente, a notícia sobre o súbito deslizamento de terra em Coldbarrow, e a criança que tinham encontrado soterrada com a velha casa ao pé dos despenhadeiros.”