CLARICE FREIRE

Clarice Freire nasceu no Recife, em 1988, e desde muito cedo aprendeu a usar as palavras para acalmar suas inquietações. Cresceu admirando os desenhos em lápis de cor da mãe, Lúcia, e os versos do pai, Wilson. Uma noite, ouviu falar que a lua era bela porque, mesmo sendo só areia, deixava refletir a luz de outro, e por isso as noites não são escuras. Daí veio a inspiração para o nome de sua página no Facebook, Pó de Lua, criada em 2011.
Clarice escreve, quinzenalmente, às quintas.

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Clarice Freire

Diga-se de passagem

Somos passageiros de um trem sem destino certo.

Clarice Freire

O cheiro do cheiro é de saudade

Só sente cheiro de saudade quem degusta o tempo com todos os sentidos que ele traz.

Clarice Freire

Me Conte Seus Segredos

Nos fins de tarde, me largava no balanço da árvore.

Clarice Freire

Enquanto o asfalto ainda está quente

Se joga na estrada que o asfalto ainda está quente, não dá pra sentir?

Clarice Freire

Não acredito em impossíveis. Mas na poesia, sim.

Cada dia acho mais que impossíveis não existem.

Clarice Freire

Por trás da poesia

Por trás da poesia há carne e osso. Alma e gosto. Desalma e desgosto.

Clarice Freire

Aeropoemas e as Bienais de São Paulo

Como não aproveitar para ouvir as vozes abafadas pelo barulho do chão?

Clarice Freire

A garota do tanque de areia

Minha sensação ao andar a pé pelo Recife é a de conhecer outra cidade, meio macromicroscópica.

Clarice Freire

Nas noites em claro

Nas noites em claro me encontro com seres fantásticos, imagináveis.

Clarice Freire

Desconfio das noites quentes

“As noites não nasceram para ser quentes!”, reclama meu desejo de cobertor.