Não era pra ser

Nós nos conhecemos aos 7 anos, estudamos juntos até os 17. Eu fui o amor de infância dele, e ele foi o meu melhor amigo. Quando criança ele se declarava e eu só o achava bobo. Pré-adolescentes nós brigamos, ele passou anos e anos me tratando como uma estranha, enquanto eu sofria com o sentimentos guardados no coração. Por muitas vezes eu tentei fazer tudo voltar ao normal, eu nem sabia o que tinha feito de errado e me desculpava mesmo assim, nada adiantava. Uma tarde inteira eu chorei quando achei que nunca mais o veria, mas o tempo passou e curou. Conheci um novo amor e ele também. Depois de 14 anos que a gente se conheceu, quando eu achei que não havia mais nada e ambos estávamos solteiros, finalmente nós trocamos nossos primeiros beijos. Foi tudo tão confuso, eu sentia que deveria ter acontecido antes e ao mesmo tempo eu carregava um sentimento de inocência e romantismo juvenil. Naquela noite ele fugiu de mim mais uma vez, eu nunca soube o porque, como sempre, ele se manteve um mistério. Hoje em dia eu sei que já encerramos esse ciclo, era o que os dois precisavam para um fim definitivo. Não sinto raiva nem tristeza, eu sorrio quando lembro de toda nossa ingenuidade infantil e de como nosso sentimento compartilhado, mas nunca realmente dito me ajudou a entender quem sou eu e o que eu quero.

Paixão de Veraneio

“O amor é um fogo que arde sem ao menos vermos”

Uma das minhas primeiras paixões foi em 2010, quando eu fui para São Paulo, lá eu conheci uma pessoa que hoje é um irmão para mim. Tudo começou com a própria viagem, pois moro em Salvador e nunca tinha saído do Estado da Bahia. 7 dias se passaram ao certo depois da minha chegada quando eu resolvi sair com os meus primos que, inclusive, moram em São Paulo com as minhas duas tias, voltando ao assunto, formos a um bar chamado Veloso, talvez um dos mais famosos de São Paulo. Depois de ter sentando, em questão de segundos chegou um garçom mostrando o cardápio, logo pedi, por gentileza, uma poção de bolinhos de arroz e um suco para acompanhar. Minutos depois senta um menino (Prefiro chamar ele de Pedro) na mesa ao lado com a sua amiga, logo entrosei com ele, mas não esperava o que aconteceu pela frente, sim, “Um grande amor”. Na saída do bar, depois de eu e meus primos ter pagado a conta, Pedro me chamou e me deu seu número de telefone, quando ele virou de costas corri para adicionar o seu número no meu telefone, mas só falei com ele mas tarde, quando cheguei em casa. Conversamos a noite toda, até que tivemos a ideia de marcar um encontro no outro dia. Tudo o que aconteceu no dia que sair com ele: como sempre me arrumei, mas com um toque delicado, afinal, eu gostei muito dele, e queria passar uma impressão boa. Chegando aonde eu marquei com ele, tomamos um suco e formos andar pela cidade, perguntei tudo sobre ele e ele de mim. Quando eu estava indo embora ele me deu um beijo que eu não esperava que aconteceria, pois moramos em lugares diferentes e distantes. Nos outros dias continuei conversando com ele, até que então chegou a hora de voltar de volta para a minha cidade natal, liguei para ele e falei que iria viajar e tal. Com mais ou menos um mês passado com isso tudo, eu fui roubado e perdi todos os contatos e até hoje não recuperei o contato dele, já tentei juntar os números que lembro na minha cabeça porém sempre dar errado. Apesar da culpa não ser minha, até hoje sinto por isso, pois aprendi a gostar dele.

Sutil Transformação

Juntamente com o ensino médio, fui matriculado em um curso técnico pelo meu pai. Totalmente contra a minha vontade e simplesmente pra ter alguma atividade a fazer no período da tarde, comecei a frequentar as aulas. Logo na primeira semana já era nítido o meu descontentamento com o curso em si, porém a turma, os alunos, foram surpreendentemente amigáveis, inclusive a “turma do fundão” que já tinha se formado logo no primeiro dia de aula. Um desses colegas da turma do fundão me chamou pra sentar mais próximo deles, conversei um pouco, me apresentei e fui apresentado a praticamente todos a volta mas especificamente um deles me chamou a atenção. Ele mantinha o cabelo penteado para cima, levemente caído pra esquerda, usava sempre camisetas de bandas de rock e tinha aquela pulseira com as cores da Jamaica que foram febre por um tempo. Com o tempo ele passou a sentar do meu lado nas aulas; a sentar do meu lado na cantina na hora do intervalo; passou a me convidar pra passar na casa dele depois das aulas, pra tomar café antes de pegar o ônibus pra casa. Nossa amizade ficou maior do que a amizade que tinhamos com o resto do grupo. Logo começaram a nos chamar de casal, era comum ouvirmos piadas de que estavamos namorando e coisas do tipo. Eu não ligava e ficava mega feliz em perceber que ele também não, sempre rindo da situação. Em um dos finais de tarde que fiu a casa dele depois da aula, antes de ir embora, ele me apresentou uma menina, amiga da irmã. Ela era alguns anos mais velha que eu, tinha inclusive uma filha de 1 ou 2 anos, e ele insistiu pra que eu tentasse um relacionamento com a menina. Nessa época eu já não pensava em mais ninguém, além dele, pra ter alguma coisa. Eu torcia pra que as piadas dos colegas se tornassem realidade, eu ficava lembrando dos momentos em que eu tinha tocado a pele dele durante o dia, lembrando de como ele ficava confortável ao meu lado enquanto eu apertava o nó da pulseira que tinha afrouxado, de como ele passava o braço por tras da minha cadeira deixava a mão encostando no meu ombro durante a aula, de como ele não se importava quando eu passava a mão no seu cabelo e pegava na sua orelha. Tudo isso me fazia viajar na ideia de que talvez, la no fundo, ele também percebesse essas coisas. Foi quando ele contou que estava namorando. A menina era de outra cidade, ele costumava vê-la somente nos finais de semana quando viajava pra casa dela. Tive que mentir e dizer que estava feliz por ele. Ele ficou feliz e disse que assim que tivesse oportunidade me alresentaria a namorada. E foi na noite do seu aniversário que ele me aprensentou. Ela era bonita, simpática e parecia gostar bastante dele, assim como ele parecia gostar muito dela. Alguns dias depois, ele me convidou pra viajar com ele pra casa da namorada. Iríamos a uma festa que a cidade promovia todos os anos e pessoas de várias cidades iam pra lá. Aceitei o convite e fomos, nós dois e outros dois amigos. Chegando lá, ficamos na casa da menina com a família durante todo o dia e no início da noite fomos até a casa de outra pessoa que morava mais perto do local da festa. Lembro de estar na sacada da casa, olhando pra rua escura, apenas uma ou outra pessoa passando de vez em quando. Ele saiu da porta e parou do meu lado. Ficamos conversando sobre o dia, sobre algumas pessoas que já tinham bebido demais e estavam fazendo todos gargalharem e enfim ele me perguntou sobre a namorada. “Ela é legal, né?”. Parecia que ele esperava uma aprovação da minha parte. Eu sorri e balancei a cabeça, assentindo. Ele sorriu também, e baixou a cabeça. Ficamos em silêncio por um tempo que pareceu muito, mas que na verdade nao foi mais de 1 minuto, até ela sair pela porta e abraçar ele. Eu me afastei um pouco e fiquei olhando os dois abraçados, ela tocando ele como eu nunca tinha tocado e jamais tocaria. Ela beijou o pescoço dele e depois a boca, e foi nesse momento que ele abriu os olhos e me olhou. Percebeu que eu estava encarando a cena e parou. Ficou entre mim e ela, passou o braço esquerdo em volta da cintura dela e alguns segundos depois, o direito em volta do meu pescoço, puxando minha cabeça pra ficar encostando na dele. Menos de uma hora depois, estavamos todos na festa. Eu não quis ficar junto com ele e a namorada e resolvi caminhar pelo local do evento com os outros dois amigos. Certa hora da noite, encontramos ele chorando porque um primo tinha ido de ambulância pro hospital da cidade depois de beber demais. Decidimos ir até o hospital também pra acompanhar e ver o que aconteceria. Quando todos estavam caminhando em direção a uma das saidas, eu fiquei alguns metros pra trás, olhando ele e eos outros e pensando em tudo o que tinha acontecido. Foi quando ele olhou pra trás e parou. Continuiei caminhando e logo ele estava do meu lado, com todos os outros andando a nossa frente. Ele me olhou por uns segundos, mas eu sempre desviava o olhar, baixava a cabeça. Ele me abraçou, caminhando com um braço no meu ombro. Quando os outros sairam pelo portão, ele me olhou novamente, eu olhei pra ele de volta. Foram apenas uns 3 segundos, e não aguentei mais voltando a olhar pro chão. Ele suspirou, com um leve ar de sorriso e me deu um beijo no rosto, apertado e demorado. Continuamos abraçados até chegar no carro e fomos pro hospital. Foi a última vez que viemos um contato tão próximo e sigo com essas lembranças vivas até hoje.

Linhas Tortas

Aos 16, nunca entendi o que era a primeira impressão do amor. Há muito tempo as conversas sobre “paixonites” haviam se calado nos meus ciclos de amizade, e situações de “primeiro beijo” nunca significaram nada para mim além de graça. Em suma, não sabia nada de conselhos. No entanto, não percebi que aos 15 anos me deparei com uma admiração incompreendida por alguém que nunca vi na minha escola.

Estava na oitava série, e era época de ouro do Instagram, na qual a maioria que tinha e usava competia por seguidores. Não me ligava nisso, uma vez que bastava o meu gosto por fotos e desenhos legais que tirava ou pequenas felicidades do dia a dia, até que certo dia alguém começou a me seguir. Nessa conta, bonitos desenhos – mas poucos – circulavam, insinuando a figura de alguém que rabiscava em cadernos alheios e gostava do individual. Desde então, uma crescente inveja por ter alguém tão bom quanto eu tornou-se uma admiração, uma fonte de energia estalou em mim um forte desejo de melhorar como desenhista e me equiparar a seu lado. Isso persistiu até meu segundo ano do Ensino Médio.

Eu fui uma repetente do ensino fundamental como vários outros amigos. O garoto do instagram estava um ano na minha frente. E no meu primeiro ano, senti que uma admiração muito mais forte sobre ele havia crescido em mim, o que me levou a perceber que meus esforços na evolução dos meus desenhos estavam alcançando ele. Perdi várias chances de falar um simples “Oi” no colégio por medo de não saber o que dizer após o cumprimento. Até que no último ano dele no colégio, no meio da pressão com o Enem, concluir a escola, evoluir como pessoa, eu juntei minha coragem e incentivo dos meus amigos e fui conversar com ele por Direct. É impossível ilustrar ou descrever o que senti quando ele me respondeu. Me vi sendo a principal daquelas comédias românticas extremamente forçadas, saltitando pela casa e engolindo gritos de alegria pela garganta. Era como ver Robert Mapplethorpe na minha frente e chorar pela sua elegância. Tudo se tornou muito idiota por outro ponto de vista: desejava ver uma mensagem sua no visor; mensagens na madrugada eram respondidas na madrugada – era como se o acordar de um sintoniza-se com o do outro; o coração parecia palpitar quando lia algo seu – isso sem falar da onda de calor que se alastravam pelo corpo. Isso durou uma semana, e então ele me pediu meu número de celular e mudamos para um aplicativo de mensagem decente.

Eu via tudo e não via nada: ele era amigo da ex-namorada e eu estava apaixonada. Contei os dias. Depois de três meses de conversa me declarei: levei um fora. Eu não estava arrasada. Ele foi a primeira pessoa que me deu motivação para evoluir, me apresentou novos caminhos para navegar, abrigou com gentileza meu sensível coração cheio de mudanças. Minha devastação seria ignorar minhas alegrias e deixar uma amizade incrível de lado. O garoto do Instagram me recebeu com carinho depois disso, e continuou tentando conversar comigo. Após isso, levei mais dois foras dele, e ele me fez experimentar bem mais emoções do que o garoto do meu primeiro beijo. Poderia contar todas as vezes que suas palavras me fizeram subir pelo teto e cair de novo no chão, poderia dizer da sua falta de presença física, poderia até mesmo listar todas as emoções que ele já me fez sentir, mas é impossível dizer o quanto já dizemos que gostamos um do outro e estaremos perto quando precisarmos, porque desejar o bem de estar alguém não deve ser contado em números ou presença de dias.

Agora estou perto de completar 19 anos. Meu primeiro amor voltou com a namorada – chorei tanto esse dia -, a maioria dos seus amigos não liga para mim – meus amigos também não gostam muito dele -, eu sou como uma amizade virtual querida – sempre fui -, e sempre procuro estar perto virtualmente – e emocionalmente – para acompanhar seu bem-estar. Viva la vida, baby. Nós dois entendemos o nosso futuro e o que tiver de ser, será. Enquanto não, vivo minha vida, aproveitando os dias que restam da juventude.

Minha primeira paixão

Como já dizia o autor André Aciman, ‘O primeiro amor é sempre amaldiçoado’, e o meu não podia ser diferente. Me apaixonei pelo meu vizinho, nutri este sentimento em segredo por muito tempo, até que vi ele e minha amiga de mãos dadas. O choque foi instantâneo, mas a vida ensina a viver e a gente vai aprendendo a amar e ser amado.

Amor impossivel

Minha primeira paixão foi por uma amiga. Conhecia ela de vista…e dali já me apaixonei. Continuamos nos vendo, pois tínhamos amigos em comum. Até que um dia, fomos praticar um esporte, voley. Dali comecei a me apaixonar mais e mais. Até que um dia, decidi me declarar. Mas ela não me via, da mesma forma que eu, disse que queria só minha amizade. E por um tempo, tentei de vários jeitos e formas, mas aí um dia, soube que por ela, que ela estava apaixonada por uma amiga nossa em comum. Fiquei desolada com tudo isso. Mas mesmo assim tentei por algumas vezes, mas aí elas já estavam namorando. Então decidi, deixar que elas fossem felizes. Chorei por várias noites, lembrando disso. Mas acabei me, sentindo melhor aos poucos. E durante anos depois fui amiga das duas. Até hoje sou. Mas elas não estão mais juntas. Então me história é essa. Amor não correspondido.

Amor impossivel

Minha primeira paixão foi por uma amiga. Conhecia ela de vista…e dali já me apaixonei. Continuamos nos vendo, pois tínhamos amigos em comum. Até que um dia, fomos praticar um esporte, voley. Dali comecei a me apaixonar mais e mais. Até que um dia, decidi me declarar. Mas ela não me via, da mesma forma que eu, disse que queria só minha amizade. E por um tempo, tentei de vários jeitos e formas, mas aí um dia, soube que por ela, que ela estava apaixonada por uma amiga nossa em comum. Fiquei desolada com tudo isso. Mas mesmo assim tentei por algumas vezes, mas aí elas já estavam namorando. Então decidi, deixar que elas fossem felizes. Chorei por várias noites, lembrando disso. Mas acabei me, sentindo melhor aos poucos. E durante anos depois fui amiga das duas. Até hoje sou. Mas elas não estão mais juntas. Então me história é essa. Amor não correspondido.

Se não depois, quando?

Eu vivo em uma cidade pequena no interior sul de Sergipe, e quando estava no fundamental uma garota se mudou para minha cidade e começou a estudar na mesma escola que eu, quando à vi, admito que não fiquei impressionado nem interessado em se aproximar dela, até que um dia no recreio, ela me chamou para conversar e nesse dia conversamos sobre várias coisas e vimos que tínhamos muito em comum e foi assim por 6 meses sempre conversando no recreio sem um aviso prévio eu comecei a ter fortes sentimentos por ela, mas por medo de me ferir, tomei a pior decisão da minha vida e nunca contei a ela sobre isso, o tempo foi passando sem que eu percebesse, algum tempo depois eu finalmente tive coragem de falar o que eu sentia, mas já era tarde, ela já estava com um amigo meu, claro, eu demorei demais, mas mesmo com esse choque que eu tive ao ver os dois juntos, eu ainda continuei gostando dela, por muito tempo, e alguns meses depois disso tudo ela se mudou novamente, a gente ainda éramos bem amigos quando ela se mudou, foi mais um choque, com o tempo a gente foi se afastando aos poucos e de forma dolorosa, e ficamos nisso por um ano, quando ela se mudou novamente para a cidade em que eu morava, então esse sentimento voltou a crescer e decidir contar a ela de uma vez, então ela também me disse que me amava, e nós dois nesse dia nos amamos como se não houvesse amanhã.

#1

Eu tinha 10 anos. Ele, com seus 11, se mudou com a família para a casa vizinha à que eu ainda moro até hoje. Nos conhecemos brincando com as outras crianças da rua, que se encontravam todos os dias, no mesmo horário, para jogar bola, correr, etc. Ficamos amigos muito rapidamente, até que percebemos, assim como todas as outras crianças também notaram, que havia uma afeição maior que o normal. Era bem o clichê de primeiro amor infantil. Eu esperava na calçada ele chegar do colégio todos os dias à tarde, para ficarmos um pouco juntos, conversando, de mãos dadas, antes do restante da galera chegar. E foi assim por um tempo, até que um dia ele voltou da escola e me contou que ia embora para outra cidade na semana seguinte. Foi minha primeira experiência de paixão, e minha primeira experiência de perda, o que deixou marcas em dobro. Mesmo sendo tão nova na época, até hoje lembro de vários detalhes, vários momentos, e da magia infantil do primeiro amor.

Cadeiras coladas

Então, aconteceu no 3 ano do ensino médio. Logo no início do ano eu sentava no fundo da sala. Me isolei por saber que tinha o instinto de puxar conversa com meus colegas de classe, e com o Enem chegando queria me dedicar totalmente. Mas aconteceu a coisa mais irritante, meu amigo Breno passou a todos os dias puxar uma cadeira e vir sentar do meu lado no fundo da sala. Achava aquilo irritante. Ele, percebendo minha irritação, colocava sua cadeira quase por cima da minha, a proximidade enorme. Os dias foram passando e o mesmo ritual se repetia. Eu chegava, puxava a cadeira pro fundo, ele chegava atrasado e pegava a dele colocando colada a minha. Antes disso não eramos tão amigos. Depois, com as conversas diárias, desenvolvemos uma parceria. Um dia, ele quem chegou primeiro e estava no fundo. Fazendo menção de sentar do outro lado, mas ainda no fundo, ele apontou pra cadeira do lado dele, fazendo cara de irritação. Aquilo de alguma forma me deixou incrivelmente feliz, mas ainda não tinha percebido. Acho que percebi no dia em que ele pegou meu braço pra desenhar algo. Não lembro precisamente, mas desenhar era uma coisa dele. O toque dos dedos dele, aquela pela áspera mas ao mesmo tempo macia, coisa única dele, me ascendeu. O toque dele passou a ser uma das minhas sensações favoritas. A partir desse dia, eu sempre deixava meu braço encostar no dele. E ele não afastava. Era como se o resto do meu corto fosse gelado e só o toque do braço dele no meu tivesse se tornado minha única fonte de calor. Em algum ponto a turma passou a dizer que eramoo o casal da turma. E a gente então passou a se abraçar e ficar com algumas brincadeiras do tipo. Não sei até que ponto era brincadeira pra ele, nem pra mim. Não sei até que ponto o que eu sentia por ele foi recíproco. Eu me descobrindo homossexual e ele que já havia namorado uma das minhas amigas. Nada poderia nunca acontecer. O ano passou e nunca contei ou conversei nada sobre isso com ele. Passaram-se 5 anos e moramos em cidades diferentes agora. Quase nunca nos comunicamos. Hoje não sinto mas o que sentia por ele.e assim levei a vida. Não me arrependo de nunca ter mencionado o que senti a ele. O único arrependimento é não ter perguntado sobre a última vez em que dormi na casa dele. Acabei acordando no meio da noite. Sempre que ia pra sua casa dormia ao lado de sua cama, em um colchão. E, acordando percebi quee le estava sentado, olhando pra mim enquanto eu dormia. Não me movi pra ele não perceber que eu estava acordado. Passou-se um tempo e perguntei se estava tudo bem com ele. Ele confirmou e voltou a dormir. Nunca entendi o porquê dele me observar dormindo. E é uma dúvida que vou levar pro resto da vida, assim como a sensação única e acalentadora de sentar ao seu lado na sala de aula.

O porquê nunca descoberto

Eu conhecia ele de vista, nunca conservei pessoalmente. Certo dia(os dois com 14 anos), vários amigos estavam jogando futebol em um terreno abandonado e lá estava ele entre todos, depois que o jogo terminou a gente ficou jogando conversa fora, a gente começou a ter uma certa amizade, brincávamos quase todos os dias com os outros amigos. Anos depois(especificamente 2 anos), ele me convida pra ir em sua casa, jogamos vídeo game, rolou o primeiro beijo, desce dia em diante rolou vários encontros em sua casa, de repente ele foi se distanciando. Depois de tudo, ele não quis mais falar comigo, nem olhava pra mim quando passava, talvez ele tenha ficado com medo por sermos dois meninos. Acho que agora ele namora uma menina e até hoje, não sei o porquê.

Na infância

Minha primeira paixão foi precoce. Eu tinha apenas 10 anos. Tinha um menino da minha sala. Mesmo sendo tão novinha, eu já sabia que estava apaixonada por ele. Me declarei e ele correspondeu mas sempre que combinavamos de sair, dava errado. Nunca ficamos juntos. Tive o coração partido pela primeira vez. Lembro que tinha achado estranho e que nunca mais queria gostar de alguém. Coitada de mim. Ele saiu do colégio e logo depois vieram várias paixões. Mas eu nunca esqueci dele.