Dor e Amor

Meu primeiro amor arrebatador, foi nesse ultimo verão, começou no dia 7 de novembro, ele mora em Passos cidade ao sul de Minas, eu Arcos centro Oeste de Minas, nos conhecemos no tinder, sim um amor moderno, com brincadeiras e piadinhas, ele me desvendava, e eu me apaixonava. Fui para Passos e na primeira vez que o vi, senti que ele iria me arrebatar, nos abraçamos e parecia que nossas almas tinham se tocado. Ele me compreendia e eu o queria. Mas ele não me contava sobre o seu último relacionamento, mas via que ele tinha muitas cicatrizes, e eu estava disposto a ajudá-lo a se curar, não o perguntava sobre esse relacionamento, mas eu sentia sua dor e seu medo de se machucar de novo… Ele me pediu em namoro dia 29 de novembro e esse foi o melhor dia da minha vida. Passei um mês na casa dele, pois estava disposto a me mudar para Passos, comecaria o curso dos meu sonhos e ele estava me ajudando, a realizar…
Ele é lindo tem cabelos ruivos, sardas lindas no rosto, a mesma altura que a minha, gordinho do jeito que eu gosto, tem os olhos castanhos mais lindos que eu ja vi, a pele mais macia que eu ja toquei.
Ele me respeitava, no sexo, na vida.
Ate que ele foi passar um mês em Sao Paulo, nas primeiras semanas conversamos do jeito que estavamos acostumados, até que as ultimas semanas ele não conversava mais comigo do jeito que era antes.
Então fui procurar como foi o seu último, relacionamento… O ex dele o agredia com palavras, falava que ele não era bonito, saia e deixava ele em casa, o traia, eles moravam juntos e ele trabalhava e o cara não, como meu primeiro amor tinha mudado para uma cidade em que ele conhecia somente o ex, ele estava sozinho e sem amigos em Passos e ele tem medo de passar por isso outra vez, e eu acredito nele. Hoje faz uma semana que terminamos e eu quero dizer para ele que ainda é meu presente, que quando ele se curar ainda estarei aqui, o amando ainda! Aberto para que nossa alma ainda se toquem!

Neologia

lembro bem daquele dia,
nós dois na iogurteria.
tomado de alegria,
eu não sabia
se sorria ou se comia.
acho que você percebia,
porque olhava pra mim e ria.
e enquanto tu dizia
o que a gente faria,
uma coisa você não via…
o que com o iogurte acontecia,
eu também fazia:
derretia.

Neologia

lembro bem daquele dia,
nós dois na iogurteria.
tomado de alegria,
eu não sabia
se sorria ou se comia.
acho que você percebia,
porque olhava pra mim e ria.
e enquanto tu dizia
o que a gente faria,
uma coisa você não via…
o que com o iogurte acontecia
eu também fazia:
derretia.

Minha primeira paixão…

Eu o vi pela primeira vez em uma festa de casamento de um amigo do meu pai. E logo fui perguntando a todos, quem é aquele? Onde ele mora? Ele namora? No inicio dos meus quatorze anos, lá estava eu procurando por encrenca.
Procurei ele pelo orkut através das comunidades da cidade. Encontrei! Adicionei e logo fomos trocando palavras pelo Messenger, telefone, mensagens, depoimentos. Ele tinha a minha idade.
Foi meu 1º namorado. Estava descobrindo o que era gostar de alguém, comecei a imaginar um casamento naquele rolo todo. Não foi nada legal. Durou quatro anos. Quatro anos de brigas, idas e vindas, separações de meses, ele engravidou uma garota nessas separações. Até que um dia ele terminou comigo por telefone, sumiu do mapa. Eu fiquei arrasada, com meus dezoito anos, e até então achando que seria meu futuro marido, aquele cara que nunca me valorizou, que me traia, me xingava e brigava comigo até pela roupa que eu vestia, mas que eu nunca tinha enxergado isso. Custei entender o porque ele tinha terminado comigo. Fui entender quando vi uma foto dele na TV, foragido.
Chorei tanto, mas quem disse que não fui encontrá-lo onde estava escondido? Até que 1 ano depois, encontrei um cara na faculdade que me deu um tapa de palavras na cara, e me fez ter vergonha daquela vida que estava levando, ainda gostando de uma pessoa que não podia me dar o futuro que eu queria. Quem é esse cara? Meu noivo, que a cinco anos vem me fazendo a mulher mais feliz do mundo, que me entende, me respeita, me motiva, me ama.
Minha primeira paixão…

Céu azul

Aqui não vou contar a história da minha primeira paixão porque acredito que seja igual a de muitas pessoas mas vou lhes contar o momento em que olhei nos olhos do amor da minha vida. Eu jamais imaginei que pudesse sentir algo tão forte e arrebatador ao mesmo tempo. Quando me diziam que eu só ia descobrir o amor incondicional naquele momento, eu não acreditei. Pensei que era besteira e balela das pessoas porque afinal, eu já havia amado tanto e me apaixonado tanto, como poderia ser diferente agora? De repente me vi carregada por uma mistura de sentimentos, era mais forte do que ver o mar pela primeira vez. Era mais forte do que qualquer emoção antes já sentida. E lá estava ela, com suas perninhas pequenas e seu rosto redondo e os olhos mais azuis que qualquer céu que eu já tenha visto. E neles eu me via, sorrindo. Feliz. Mais feliz do que em qualquer momento de minha existência. No meio daquele aconchego e daquela imensidão azul eu tive a certeza de que nenhum amor é igual ao de uma mãe pela sua filha.

Coração em Cacos

Eu tive dois primeiros amores intensos. Primeiro, uma bailarina, minha amiga. Foi uma paixonite de infância, não recíproca. Superei. Me apaixonei por um cinéfilo, foi recíproco, mas distante. Como tudo que é bom, terminou. De coração quebrado, a bailarina veio até mim. Ela estava gostando de mim. Mas agora eu estava em pedaços. De certa forma, eu também quebrei seu coração.

Fim de semana repentino

Foi tudo repentino. Nos conhecemos através de um amigo em comum, e já tínhamos dado match em um aplicativo. Por duas noites seguidas, a conversa durou horas. Eram textos, chamadas de vídeos, risadas e aquela vontade de soltar um “eu te amo”, loucura, mesmo não o conhecendo direito.

Loucura maior foi aceitar o convite de ir visitá-lo. Apenas com o dinheiro da passagem para ir e voltar – a cidade dele fica a uns cem quilômetros da minha – e a promessa de passar um fim de semana maravilhoso, eu fui.

Cheguei na cidade e o medo maior era de levar um bolo. Marcamos de nos encontrar no shopping. No horário marcado, diante da livraria, lá estava ele. A vontade era de abraçar e beijá-lo ali naquele instante. Mas me contive com um abraço apertado e um sorriso que iluminou meu coração.

No banco de trás do Uber, nossas mãos se encontraram, e após um belo jantar a luz de velas em um belo restaurante, ao chegar em sua casa nossos lábios se encontraram, perfeitamente, entre um beijo e um abraço apertado.

Seguramos o desejo e abençoados por uma bela lua, fomos caminhas a beira do mar, que ficava ali próximo ao seu apartamento. O final de semana foi mágico. Dois dias intensos, de paixão, risadas, amor… cozinhamos juntos, lemos juntos, assistimos filmes e séries. Para mim, foi mágico. Meu coração estava entregue.

Contudo, antes de eu ir embora, ele me disse que ainda não esquecera seu ex. E que queria focar em si mesmo, no seu trabalho e colocar a vida nos trilhos. Embarquei no ônibus para voltar para casa, deixando ali meu coração.

Semanas depois descobri que ele estava namorando. Mas o que eu senti por ele e a magia que foi aquele fim de semana, eu nunca irei esquecer.

Platão na minha vida

Descobri o amor e descobri Platão, porque – claro! – minha primeira paixão foi platônica. Assim como, imagino, foi a de muitas adolescentes por aí. Aconteceu na escola, eu mal conhecia o sujeito, mas uma brincadeira boba, dessas de criança, me fez olhá-lo com outros olhos. Só que a pessoa em questão não era muito legal – quando a gente tem 11 anos, os meninos quase nunca são legais, de fato. E essa minha paixão platônica foi algo entre o amor e o ódio; detestava a infantilidade dele, a maneira como me ignorava e, inclusive, como se vangloriava por ser objeto de uma paixonite infantil/adolescente. Porque sim, ele sabia. Mas também, não sei nem o porquê, algo nele me fazia alimentar essa paixão. Ou seja, ora detestava, ora adorava. Descobri esse troço de amor platônico (valeu, Platão!) e descobri também as fossas, aqueles pop românticos melosos, e que nem sempre a vida é como as comédias românticas do cinema. Mas passou! E hoje, 20 anos depois do início dessa paixonite, eu me divirto com as lembranças.

Calor do Verão, ou Frio do Inverno

Talvez tenha sido no calor do verão, ou no frio do inverno. Pode ter sido instantâneo ou talvez demorado. Só lembro que fiquei apaixonado.
Tínhamos quantos anos? Foi há quanto tempo? O tempo, não lembro só lembro do sentimento.
Você era linda, cheia de vida. Eu mais calado, porém divertido.
Não lembro o que aconteceu depois, lembro do sentimento do meu primeiro amor. Era tão lindo. Delicado e puro. Nada de um relacionamento cheio de abuso.
Até hoje, nunca amei como amei você. Do nada, você sumiu, não entendi porque e aí o amor surgiu.
Estava chorando. Num jardim qualquer, todos sem a sequer a mínima preocupação. Todos fizeram suas difamações. Eu te apoiei e vi que era armação.
Tinha cabelos loiros, num dia frio de inverno, ou num dia quente de verão, eu não sei, só lembro que no final chorei.
Aconteceu tudo tão rápido, foi então interrompido. Pensava que iríamos durar para sempre, cheguei no colégio vi todos chorando. E no cemitério, todos estafavam cantando. Mas que é isso? Tinha um memorial, quando vi era seu. Onde fomos parar?
Não importa mais se foi num dia de verão, ou no frio do inverno. Só sei que sofri no final.
Assim que soube da notícia chorei a noite inteira. Nunca foi besteira. Foi um amor, meu primeiro e único amor.
Durante o calor da noite de verão, ou o frio da noite de inverno. Manipulei minha vida, pulei da janela e me esqueci.
A escuridão me abriu, e vi que eu interferi na minha vida para ficar junto de ti.
Aquilo sim foi paixão.

A GAROTA QUE LIA

Eu tinha treze anos quando senti pela primeira vez o meu coração batendo num compasso diferente do normal. Lembro-me como se fosse hoje. Era uma manhã de princípio de ano letivo. Eu estava eufórico com a volta às aulas, pois ao menos assim eu teria algo mais para fazer, além de ficar em casa o dia todo lendo. Não é que eu não gostasse de ler, mas muito de uma mesma coisa, ainda que boa e prazerosa, acaba entediando qualquer pessoa. Sempre fui uma pessoa reservada, de poucos amigos, e na infância as coisas não eram diferentes. Logo, meu único passatempo era ler. De forma alguma eu me sentia incomodado com isso, exceto pelo fato de que na minha rua nenhum outro garoto lia, aliás, não sabia nem mesmo de adultos que liam. Logo eu não tinha com quem trocar impressões acerca dos livros que lia. Eu ia para a escola alegre com a possibilidade de pegar novos livros emprestados na biblioteca. Afinal, aqueles que habitavam a minha estante eu já os lera e relera uma meia dúzia de vezes durante as férias, e na cidade não havia onde comprar livros novos, assim, restava-me a escola como opção de novos títulos.
Quando cheguei à escola naquela manhã do primeiro dia de aula, a surpresa ao ver uma garota sentada em um dos bancos de espera que ficavam no corredor me perseguiu por todo o restante do dia, e me impediu de me concentra na aula. No caminho de volta para casa ela ainda estava nos meus pensamentos e quando cheguei a casa também. Mas desde quando pousei os olhos naquele ser angelical foi difícil olhar em outra direção e pensar em outra coisa que não naquele par de olhos castanhos que pareciam iluminar tudo ao redor; e isso aconteceu por dois motivos: o primeiro, ela era a coisa mais bonita que até então eu tinha visto nos meus doze anos de vida; o segundo, ela segurava um exemplar de “Tom Sawyer” de Mark Twain. A princípio eu não sabia quem era o autor do livro, se era o tal Tom ou o Mark, nenhum dos dois nomes estava em destaque. Ambos eram desconhecidos para mim que nunca havia ouvido falar e nem lido aqueles nomes em qualquer livro. Poderia ter admitido a minha ignorância logo de início, essa atitude teria me poupando alguns minutos de embaraço, mas quis mostrar-me entendido no assunto e quase me dei mal.
Sentei-me num banco de frente para ela, assim tinha um ângulo mais favorável e poderia observá-la melhor enquanto ela continuava a sua leitura, fingindo não notar a minha presença ali. Ela usava ósculos, o que achei um encanto a mais, tinha os cabelos negros lisos e brilhantes como seda contrastando com a sua pele lívida e estavam amarrados num rabo de cavalo que descia por um dos ombros. Ela estava encostada à parede, as pernas cruzadas servindo de apoio ao livro enquanto lia. Lembro-me de ter pensado que naquela pose ela parecia uma das nossas professoras, e isso me deixou intimidado de tal forma que me limitei a observá-la com forçada discrição.
Além de mais dois garotos que transitavam pelos corredores de um lado para o outro, entrando de sala em sala e batendo as portas, nós éramos os primeiros alunos a chegar, e ainda levaria uma meia hora a quarenta minutos até a matilha de alunos irromper pelos portões e o sinal de entrada tocar. Retirei da mochila o meu “Capitães da Areia”, que já estava bastante surrado devido as releituras, mas que eu sempre trazia comigo para os momentos de ócio durante o recreio, ou quando a professora se atrasava e tínhamos que esperar por algum tempo antes de sermos liberados de volta para casa.
Foi então que, com a minha visão periférica, percebi um movimento do outro lado. Ela ergueu a cabeça e pôs a me olhar, e senti que o meu coração disparou no peito como se acionado por algum dispositivo que era aqueles olhos. E foi a minha vez de fingir-me indiferente ao seu olhar e à sua presença, como se isso fosse algo possível. Mas isso não durou muito tempo, não resisti àqueles olhos castanhos fitando-me com interesse, ainda que o real interesse fosse o livro que eu tinha em mãos (isso eu fiquei sabendo depois, quando ela me confessou com um ar de superioridade e uma expressão indecifrável nos olhos). Ela sorriu para mim de um jeito que nenhuma outra garota havia sorrido antes, ou eu não prestava muito atenção nas garotas com quem convivia na escola; fico com a primeira opção. Embaraçado com aquele sorriso, respondi com um sorriso tímido e sem saber ao certo como devia agir. Eu nunca tinha estado na presença de uma garota antes cuja mera presença me intimidasse apenas por sua beleza, seu olhar ou seu sorriso.
“Você gosta?”, ela disse.
“Hã?” – hesitei sem saber ao que ela estava se referindo.
“Do Jorge…”, ela continuou. “O livro… Você gosta de Jorge Amado?”
“Ah tá… Sim, sim… Gosto muito.”
“Eu já li Gabriela.”
“Eu já li Mark Twain”. Não sei porque menti. Talvez pelo nervosismo, pela necessidade de manter a conversa e ter um pouco mais da sua atenção, ou pelos dois motivos. O certo é que não foi uma boa atitude e percebi isso logo em seguida.
“Qual?”, ela quis saber.
“Como?”, eu não tinha entendido a pergunta.
“Qual você leu?”, senti-me encurralado.
“Mark Twain…”, respondi sem saber a gafe que estava cometendo. E logo ela entendeu, mas a sua educação não permitiu ser deselegante com o fato.
“Mark Twain é o autor…”, observou ela mostrando-me o volume e indicando o nome.
“É… o autor.”, assenti encabulado por ter sido pego numa mentira.
“Meu nome é Soraya”, ela disse mudando de assunto ao perceber o meu embaraço. “Meus pais e os amigos me chamam de Sol… Se preferir pode me chamar de Sol também, ou Soraya, tanto faz.”
“O meu é Raimundo…”, respondi dando graças a Deus por ela ter mudado de assunto, mas ainda um tanto constrangido pela gafe. “Meus amigos me chamam de Rai…”
“Legal! Acho que chegamos cedo, Rai…”
“É, parece que sim…” observei ao redor e constatando os corredores vazios e silenciosos contrastando com o ‘tlec-tlec’ das máquinas de escrever que vinha da diretoria.
“Você já estudava aqui?”, ela continuou.
“Desde a primeira série…”
“Fui transferida. Esse é meu primeiro ano aqui.”
“Qual a série?”
“Quinta…”
“Legal! Eu também vou fazer a quinta.” Respondi eufórico ao vislumbra a possibilidade de estudarmos na mesma sala. Possibilidade que mais tarde se tornou real.
“Espero gostar daqui…”
“Vai gostar”, afirmei torcendo para que fosse verdade. “É uma boa escola e tem bons professores.”
“Ao menos a recepção já gostei.”
Em seguida ela deu um risinho maroto enquanto fechava o livro e o colocava sobre a mochila, e isso me deixou ainda mais encabulado, quer dizer o riso, os movimentos delicados e a expressão no seu rosto. E desde então eu sabia que se passariam décadas e eu nunca mais esqueceria aquele rosto, aqueles olhos, aquele sorriso e aquela voz. Nunca mais.

Piromania

Quando eu o vi pela segunda vez, não lembrei do seu rosto de imediato. É engraçado, porque achamos que quando nos apaixonamos de primeira vista, a imagem ficará lá pra sempre. Mas não. Tudo que eu me lembrava era de seu toque nas minhas costas, no meu cabelo. O gosto de cereja e cigarro. O suor e as gotas de chuva no primeiro beijo. As luzes e as músicas da festa transformaram todo o ambiente em outra dimensão.

Quando ele me viu pela segunda vez, lembrou-se de mim, no entanto. Ao me tocar, meu corpo fluoresceu, as sinapses me indicaram que tudo que eu conhecia estaria prestes a mudar, e, por um microssegundo, o mundo girou em câmera lenta.

Quando conversamos, ele me disse que era piromaníaco. Que acendia fósforos o dia inteiro, e só os apagava antes de se queimar. Gostava do calor e do risco. Gostava do cheiro de gasolina, de cenas de explosão em filmes toscos e de acender fogueiras em dias frios. Gostava de ver coisas derreter. Ficaria feliz em saber que naquele momento acendia novas coisas em mim, e derretia todo o meu corpo com o modo com que falava.

Lembro-me que acendi um fósforo entre mim e ele. Seus lábios reluziram, semiabertos e suas pupilas se dilataram, transformando a íris verde em uma serpente de chamas que perseguia a própria cauda. Suspiramos juntos e o fósforo se apagou. E aí nos beijamos pela segunda vez.

Quando eu fui embora da cidade, não o avisei. Gostaria de manter o fogo aceso dentro de mim, sem medo de me queimar. Sei que ele me procurou, eu sei.

Agora, todas as noites acendo uma vela, e observo a chama até que eu caia no sono. Sonho com olhos verdes e serpentes de fogo.

Agora, tudo que me resta é o toque e seu rosto. E por isso escrevo uma história sobre ele. Sobre nós. Quando acabá-la, vou imprimir. E vou queimá-la. Toda. Fazer fogueira com o que me fez entrar em combustão.

Meu mundo

Tudo era mágico, no mundo de ilusões que eu criei quando descobri que estava tendo minha primeira paixão.
Em todos os rostos na rua eu via apenas o dele, todas as músicas eu associava a ele, e quando eu via ele, ahh as borboletas no estômago começar a voar desesperadas, parecia que estava dando um nó no estômago, mas era apenas o efeito de da minha primeira paixão pelo meu amigo de infância.
Com a minha primeira paixão descobri que não tem como esconder algo que brilha quando vemos a pessoa querida, que é bem improvável que alguém não perceba mais cedo ou mais tarde.
Sim eu ainda me lembro da minha primeira paixão, e ainda penso nele toda noite!