Um Encontro Aleatório

Em 2012, estava num festival de cinema chamado “Janela Internacional de Cinema” aqui em Recife e na saída fui comprar um poster do festival. Quando cheguei na banquinha, percebi que havia apenas um do tipo que eu queria e que um menino iria comprar. Pra minha surpresa, ele deixou que eu comprasse no lugar dele e conversamos por uns dois minutos sobre os filmes que estavam passando naquele dia – ele estava com outras pessoas e não poderia demorar muito conversando comigo – trocamos os números de telefone e percebi que os amigos dele ficaram brincando com o ocorrido.

Eu tinha 17 anos e meus pais ainda não sabiam sobre a minha sexualidade, até que certo dia eu esqueci de apagar as mensagens que eu trocava com o menino (estava utilizando o celular da minha mãe) e meu pai descobriu e me mandou pra psicóloga, todo aquele clichê. Fui com sete pedras na mão preparado pra ser rude com a psicóloga, mas ela me desarmou e foi um amor comigo, dizendo que se havia algum problema, estava no meu pai e não em mim. Meu pai parou de me incomodar e continuei saindo com o menino por uns 3 meses, até que fomos cada um pra um lado diferente. Ainda tenho alguns DVD’s de filmes que ele me “emprestou”, talvez ele tenha os que “emprestei” também. Assim como aconteceu com Elio e Oliver, foi algo que aconteceu, num verão, talvez um pouco mais do que um verão, mas agora são só visões e lembranças.

Antítese

Eu: quieto. Mais de três pessoas para mim já é multidão. O melhor lugar do mundo é minha casa, o refúgio de minha biblioteca, livros espalhados pelo chão numa desordem que eu amo. Se sou obrigado a comparecer numa festa, fico pelos cantos, respondendo por monossílabos a quem me dirige a palavra, olhando para a porta da saída como quem observa os portões do paraíso. Vivo com a cara enfiada em um livro ou carregando toneladas deles e sem um exemplar na mão, sinto-me como se estivesse nu. Nos sebos, sou praticamente recebido com tapete vermelho.
Ela: irrequieta. Multidão era sua praia. O melhor lugar do mundo não era a casa, mas a porta da rua, as festas badaladas, os shows lotados, a azaração nos bares da moda. Bocejava só de ler o título de um livro e suas parcas leituras resumiam-se às revistas de fofocas sobre celebridades, com muitas fotos e quase nenhum texto. Capaz de varar a noite numa balada e ainda encontrar fôlego para uma praia na manhã seguinte.
Nos conhecemos na festa de lançamento do livro de um amigo em comum.
Eu, pretendia pegar meu exemplar autografado e dar o fora.
Ela só entrou na fila de autógrafos por que todo mundo fazia isso. Seu verdadeiro interesse era a festa que haveria em seguida.
Fomos apresentados pelo amigo escritor.
Eu, que pretendia sair logo, acabei ficando a noite toda, encantado por aquela moça tão bonita e tão expansiva.
Ela, que viera ali por todos os motivos menos pelo livro, descobriu-se enlevada pelas minhas palavras, pensando, sem tédio: “Que rapaz culto!” Mais tarde, confessou que prometeu a si mesma que dali em diante ia ler mais livros. Pelo menos as primeiras vinte e as dez últimas páginas, para poder comentar depois comigo.
Eu – quem diria – sabia conversar!
Ela – como sempre – falando pelos cotovelos. Mas agora com conteúdo.
Trocamos telefones.Nos adicionamos no Facebook. Começamos a sair e menos de um mês depois estávamos morando juntos.
Não fomos felizes todos os dias como nas histórias românticas: elas não mencionam as dificuldades financeiras. O ciúme patético. O mau humor masculino. Os três dias de megera que toda mulher tem a cada mês.
Mas provamos que às vezes os opostos se atraem.

Amor de infância

Minha primeira paixão foi aos sete anos, um amor de infância. O menino mais esperto e levado da turma. Admirava sua ousadia e tentava imitá-lo. Era meu herói. Quando ele conversava comigo, eu ficava toda feliz pelo resto do dia! Mas éramos somente amigos. Essas paixonites inocentes são tão bonitas!

Para o menino que partiu meu coração…

Você partiu meu coração, isso é um fato. Você o quebrou de todas as maneiras que existem. Me enganou, mentiu e o pior: você partiu. Durante muito tempo foi essa a parte que predominou e de tudo que vivemos tudo que eu podia sentir era magoa e decepção, mas, hoje depois de algum tempo eu consegui compreender o quanto você foi importante para mim. Diante disso só posso te agradecer por fazer parte da minha vida. Então meu menino de olhos brilhantes e sorriso fácil eu te agradeço:
– Por me ensinar a amar – Foi arriscado, doeu e nem tudo correu como o esperado, mas ainda assim eu faria tudo de novo.
– Por me amar – Por que contrariando todas as probabilidades possíveis você me amou.
– Pelas pequenas loucuras que ficarão para sempre em minha memória.
– Por seu bom humor inabalável que até hoje me faz rir.
– Por me tirar da minha zona de conforto e permitir que eu olhasse o mundo sob uma nova ótica.
– Por me mostrar que a vida não precisa de projetos a longo prazo, a felicidade está no hoje e nas pequenas surpresas que a vida te dá.
Isso definitivamente não é uma declaração de amor é apenas uma forma de dizer que independentemente dos caminhos que escolhemos seguir um dia você fez parte da minha vida e deixou um pouquinho de você nela.
Corrigindo a dedicatória: Para o menino que partiu meu coração… para que eu pudesse enfim conserta-lo.

A paixão salvadora

Tem uma frase do Vinícius de Moraes que diz: “Amai, porque nada melhor para a saúde que um amor correspondido.” O sentimento que M. sente por J. é algo que ela nunca havia sentido antes por alguém.

M. tem 23 anos, todos dedicados aos estudos, ao hobby de escrever poesias e, especialmente, à família. Nunca experimentou as paixões despertadas na adolescência e possui dificuldades de se comunicar com o mundo exterior. Quando o ano de 2017 chegou, ela não imaginava que seria de mudanças: após uma traição cometido pelo pai, a mãe arranjando alguns namorados e o irmão cada vez mais rebelde e distante da família. Com isso, M. entrou em depressão e com pensamentos de que possa ter vivido uma vida de muitas mentiras e desilusões.

Certo dia, M.estava indo para a faculdade quando resolveu “cortar o mal pela raiz”. No ônibus urbano, ela estava à caminho de uma ponte. De repente, senta-se ao lado dela um jovem com um livro na mão. Ele viu M. melancólica olhando na janela, e perguntou se estava tudo bem. M. disse que estava indo resolver a sua vida definitivamente. O jovem moço chamado J. tirou da mochila um lenço e deu para M. Ela agradeceu e ficou paralisada, olhando para ele.

Por um instante, ela via e sentia o paraíso dentro daquele ônibus. Esse jovem moço se apresentou e começou a falar coisas bonitas para M. Após todos esses problemas, era a primeira vez que M. se sentia bem consigo mesma.

O ônibus chegou ao destino final. Eles perderam seus pontos de parada. M. disse que estava indo para uma ponte, enquanto J. estava indo para uma biblioteca. Os dois conversavam sobre um livro chamado Me Chame Pelo Seu Nome, sobre um romance de verão. M. afirmou que a história fez com que ela tivesse sentimentos que nunca sentiu antes e J. disse que sentia o mesmo.

M. confessa para J. que estava indo acabar com alguns sentimentos na ponte, no que J. disse logo de cara: – “Se quiser, eu posso te ajudar com isso, nunca é tarde demais para a bondade e o amor.”

Após aquele papo todo dentro daquele ônibus urbano, M. e J. nunca mais saíram um de perto do outro. De qualquer maneira, a paixão que os uniu também os salvou.

Primeiro Amor

Tudo começou com um desafio. Quando Dona afirmou que ele me olhava mas gostava era dela. Essa afirmação virou uma bandeira vermelha diante d8os meus olhos. Se antes eu não queria, ou melhor queria, mas nao adimitia nem pra mim mesma, daquele momento em diante a vontade cresceu. foram muitos momentos de observar a distância. Observar de perto e fugir ao olhar. Dançar pertinho, mas sem tocar. Dancarcera sempre uma boa ideia, pois ele era DJ. Então veio a primeira briga, mesmo antes de qualquer afirmação de relacionamento. Durante uma brincadeira na piscina, indecum grupo bruxava de dar calda nos menores, sem de fato deixa-los afogar; nos discutimos. Sou muito protetora e ao ver meu irmão sendo vítima da brincadeira do grupo do Marcelo, não pensei duas vezes e pulei na piscina para tirar meu irmão do meio deles. Ele achou que eu estava exagerando e acabamos discutindo. Na verdade tive vontade de soca-lo. Seria o fim do nosso affer? Durante o fim de semana, na discoteca do Clube, após dançar ao som das músicas que ele selecionará, fui para o pátio me refrescar e descansar. Ele me seguiu. Em princípio achei que ele iria discutir comigo por causa do ocorrido na piscina, mas ele caminhou na minha direção, olho no olho, meus joelhos viraram gelatina, segurou minhas mãos e sorrindo de forma marota falou: esquentadinha! Foi lindo te ver protegendo seu irmão. Tive vontade de beija-la… É o que vou fazer agora. Esse foi o primeiro beijo de muitos, durante o tempo que durou esse Primeiro Amor adolescente. Eram beijos que arrepiavam, despertavam vontades e apontavam para descobertas deliciosas. Nos separamos como amigos. Anos mais tarde nos encontramos durante as comemorações de Ano Novo nos reencontramos. Pintou o desejo de ficar novamente, agora mais maduros os joelhos já não tremiam tanto. O frio na barriga era mais controlado. Os beijos levaram as lembranças das nossas doces descobertas passadas, mas era apenas lembranças. Depois do amanhecer nos despedimos mais uma vez como amigos e nossa história tomou novos rumos. Algumas vezes escuto sua voz, pois ele e DJ da radio de nossa cidade. Viz que naquela época me fazia suar e tremer e hoje me trás um sorriso aos lábios e a satisfação das nossas… minhas lembranças, guardadas na memória ďo tempo. Não há culpas, nem saudades, só doces recordações. Eu o amei muito durante o tempo que foi Nisso, nem sei dizer se ele me amou com a mesma dedicação, mas em minhas recordações ele me amou demais. Desejo que ele seja feliz como eu sou com meu atual amor.

Amores platônicos

Minha primeira paixão da qual me lembro foi um amor platônico. Eu tinha 8 anos e me apaixonei perdidamente por meu tio uns 15 anos mais velho. Como sabia que era errado, sofri calada com esse amor sufocado durante anos até que finalmente fui aos poucos esquecendo e me apaixonando novamente agora por um colega de escola… Novamente… Um amor platônico, afinal parece que nasci pra amar a pessoa errada.

Simplesmente acontece

Bom, eu o conheci aos 10 anos, sempre brincávamos de “Caí no poço” ou de simplesmente correr na rua. Eu sabia que ele gostava de mim e uma certa vez até me deu uma aliança, mas era mais como uma brincadeira já que nunca levamos muito a sério. Uma vez meu irmão descobriu que nós nos gostávamos e quando uma prima minha veio passar uns dias em casa nós brincamos de verdade ou consequencia, mas já sabíamos o que iria acontecer. Meu irmão sempre desafiava o garoto a me beijar (selinho) e nós o desafiávamos a beijar minha prima.
Quando o garoto quis algo mais comigo eu quis e não falamos mais, mas eu continuei gostando dele no ano seguinte até ele namorar uma outra garota. Segui minha vida como a adulta/madura que eu era. Kkkk Não é nada muito chocante mas temos nossas experiências não é mesmo?
Beijos!

Espelho

Desde os 10 anos que comecei a ver que meu corpo e minhas vontades eram diferentes dos demais meninos. Ao decorrer dos anos fui me sabotando e tentando emplacar alguns namoros com meninas. Nada além de beijinhos e fuxicos para apaziguar os comentários alheios. Mas, no ano de 2008, no início das aulas, lá estava ele, o menino novato, Yago. Comecei a puxar papo, virou amizade e companheirismo. Mas, como entender que existia algo além de amizade. Com 13 anos a gente ama? Meninos podem não gostar de meninas? Um turbilhão de sentimentos! Ia entendendo que queria Yago de outra forma, além de amigo. Queria abraca-lo, quem sabe até beijar. Tudo era muito curioso…instigante. Foi aí que resolvi contar a ele e sua atitude foi a esperada. Ele surtou e disse que aquilo era errado. A partir daí, entendi que não era como os outros, eles eram diferentes de mim. Eu era especialmente único. Sofri,mas Yago foi minha primeira paixão e minha descoberta para o que sou hoje.

Foi bom, muito bom enquanto durou

Sabe aquela tipica historia de adolescentes que se apaixonam perdidamente ? Essa não é uma historia assim!
Vamos chamar ele de C, conheci C quando tinha 10 anos e ele 15 anos, ele trabalhava para o meu tio na feira e eu, eu ia só aos domingos. Com o passar do tempo fomos ficando muito amigos, com 12 anos eu dei meu primeiro beijo que não foi com ele e sim com o primo de uma amiga minha e tenho que confessar que achei HORRIVEL. Passou mais um tempo começamos a nos aproximar mais do que amigos, e eu super adorei pois no meu interior eu já amava ele, sim amava. Quando me dei conta já estávamos ficando escondido, ele me ligava todos os dias, íamos ao shopping assistir filme e eu me sentia a pessoa mais amada do mundo, mé via até formando uma família com ele, mera ilusão minha. Quando achei que tudo ia bem e iria levar ele em casa como meu namorado descobri que ele já namorava a uns 3 anos! HAHAHAHAHA hoje eu riu mas já chorei e muito. Mas como toda boba apaixonada ainda insisti em ficar com ele, e ele querendo as duas! E eu amava tanto ele que deixei ele livre pra ser feliz com a namorada, atual esposa e mãe do filho dele. A maior prova de amor que eu fiz foi deixar ele ser feliz e hoje eu olho pra trás e vejo que ele foi o meu primeiro amor, minha primeira paixão. Eu nunca vou esquecer ele mas hoje infelizmente ele é só alguém que ficou no meu passado.

Foi bom, mas acabou

Sempre fui muito “rata de biblioteca”, na minha época de colégio eu visitava a biblioteca quase todo dia, sempre acompanhada de uma amiga que também adorava ler. Em um dia que choveu e minha amiga não foi para o colégio, fui na biblioteca sozinha. Lá tinha um grupo de meninos que eu nunca havia visto entrando na biblioteca antes, eles estavam fazendo bagunça, fiquei constrangida e estava saindo de lá quando um desses garotos chegou perto de mim e começou a puxar assunto, me pediu indicações de livros, perguntou coisas sobre mim… Nem vi o tempo do intervalo passar. Esse garoto virou meu “crush” por muito tempo até a gente ficar de verdade. Não namoramos, ficamos só uma vez e foi bem decepcionante, mas ele foi meu primeiro amor e me faz bem lembrar daquele tempo.

o baba

Minha primeira paixão começou quando eu tinha apenas 12 anos, apesar de ser nova e parecer algo bobo na primeira vez que conheci um amigo da família que cuidava de alguns primos meus eu me apaixonei. Ele tinha apenas 4 anos a mais que eu, mas já fazia pequenos serviços para ganhar seu dinheiro e ser independente. Quando o conheci cuidando de alguns primos meus apenas conversamos sobre coisas do dia a dia e pessoas que conhecemos, eu me apaixonei pelo jeito dele de falar, de agir , pela forma que me dando atenção ainda assim cuidava tão bem dos anjinhos dos meus primos.
Então perdi o contato com ele pois morava e outra cidade e ia para a cidade dele onde meus parentes moravam também , somente em feriados ou festas.
Quando voltei a ver ele soube que ele estava namorando e fiquei triste mas ainda tinha esperança, afinal sempre que nos encontrávamos, ao acaso, ou no meu propósito de ir onde ele estivesse, ele sempre conversava comigo como se eu tivesse a idade dele, e não como uma garotinha de 12 anos.
Dois anos se passaram e em cada viagem a cidade que ele morava acaba encontrando ele, e sua namorada, mas sempre com aquela pontinha de esperança. Em minhas ferias de verão ja com 14 anos encontro ele na praia, não com a namorada mas sim com um primo. Meio triste, e desanimado. Como boa amiga, resolvi conversar com ele trocamos os números de celular e papeamos aquele dia todo, na praia e depois em casa e depois a madrugada toda.
Soube que ele e a namorada tinham terminado e que ele e a sua família estavam com problemas. Ouvi ele, conversei com ele sobre meu ponto de vista. Mas ai a conversa se desenrolou em mim. Em como cresci e estava diferente, notei que ele sentiu algo alem de amizade por mim e acabei falando que sempre sentira algo por ele.
Acho que aquilo animou ele, pois ele me chamou para sair com ele em sua bicicleta amarela no dia seguinte. Saímos conversamos sobre sentimentos, e acabamos dando uns amassos, ele me deixou em casa e fui dormir feliz, animada e realizada. Afinal os 2 anos valeram a pena. No outro dia passeamos fomos a praia, mais beijinhos e boa noite.
E no 3 dia que iriamos sair juntos ele simplesmente não pode. Fiquei meio confusa, mas tudo bem, e assim foi por mais 1 semana sem ver ele. Ate que ele pediu para me encontrar, fui toda animada e feliz quando encontrei ele em um lugar muito estranho e ate meio escondido, ele foi bem rápido e me disse.
Sua namorada voltou e ele aceitou, primeiro por que eles tinham uma longa historia juntos, depois por que ela estava gravida. Aquilo acabou comigo, jurei que nunca mais ia me apaixonar ou esperar tanto por alguém, Chorei meses, fiquei deprimida aborrecida, exclui ele da agenda telefônica e desejei muito que ele me ligasse. Mas nada aconteceu, eu via ele as vezes com sua família e saia correndo de perto, ate que um dia acabou. Tudo passou sem dor, sem raiva, apenas desejo que ele continuasse feliz com sua família e que um dia eu tivesse alguém que assim como ela o completou, me completasse também.
E assim foi minha primeira paixão doce, inocente e finita.